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Funcionário da holding que controla a JBS se entrega em SP

Foram presos no curso da operação Joesley Batista, dono da JBS, e o atual vice-governador de MG, Antônio Andrade

Joesley Batista: o empresário foi preso na operação Capitu (Myke Sena/Tripe Imagem/Agência O Globo)

Joesley Batista: o empresário foi preso na operação Capitu (Myke Sena/Tripe Imagem/Agência O Globo)

AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de novembro de 2018 às 16h26.

Última atualização em 10 de novembro de 2018 às 20h25.

Florisvaldo Caetano de Oliveira, um dos alvos da Operação Capitu deflagrada ontem, se apresentou hoje (10) na sede da Polícia Federal (PF), em São Paulo. Funcionário J&F, holding que controla a JBS, ele é investigado por participação em suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Havia um mandado de prisão em aberto contra ele.

Foram presos no curso da operação Joesley Batista, dono da JBS, e o ex-ministro da Agricultura e atual vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB).

O caso envolve um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura para beneficiar políticos do MDB, que teriam recebido dinheiro da JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, em troca de medidas para beneficiar as empresas do grupo.

Segundo o coordenador da investigação, delegado Mário Veloso, da Polícia Federal, R$ 30 milhões foram usados por uma empresa de proteína animal para financiar ilegalmente a campanha "de um candidato à presidência da Câmara dos Deputados em 2014".

Esse dinheiro teria sido redistribuído dentro da bancada do PMDB mineiro. Dos R$ 30 milhões, R$ 15 milhões teriam sido destinados a um deputado e, depois, repassados aos seis escritórios de advocacia usados como intermediários para que o dinheiro chegasse aos destinatários finais.

Em meio a várias frentes de investigação, a Polícia Federal começou a suspeitar que alguns colaboradores estariam omitindo informações relevantes, o que poderia caracterizar crime de obstrução de justiça.

Em nota divulgada ontem, a defesa de Florisvaldo Caetano de Oliveira disse ter ficado surpresa com as alegações de omissões feita pela polícia.

"Todas as informações das quais tinha conhecimento foram levadas por ele ao conhecimento da Justiça. Sem as quais não existiria a presente operação", esclarece a nota.

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