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Funaro pretende fechar delação com PGR na próxima semana

Segundo uma fonte, o empresário vai se reunir nesta quinta-feira com sua equipe de advogados para fechar os termos da chamada pré-delação

Rodrigo Janot: pré-delação de Funaro deve ser apresentada ainda em junho à equipe do procurador-geral da República (Ueslei Marcelino/Reuters)

Rodrigo Janot: pré-delação de Funaro deve ser apresentada ainda em junho à equipe do procurador-geral da República (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de junho de 2017 às 11h51.

Brasília - Preso há praticamente um ano na Penitenciária da Papuda Brasília por ordem da operação Lava Jato, o empresário Lúcio Funaro quer fechar o acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República na próxima semana tendo como um dos alvos preferenciais o presidente Michel Temer.

Segundo uma fonte envolvida nas negociações, Funaro vai se reunir nesta quinta-feira com sua equipe de advogados para fechar os termos da chamada pré-delação para ser apresentada ainda em junho à equipe do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Um aperitivo da disposição do empresário em delatar foi revelado no depoimento que ele prestou, na sexta-feira passada à Polícia Federal, em que acusou Temer de ter orientado a distribuição de recursos desviados da Caixa e saber do esquema de propina paga em contrato da Petrobras com a Odebrecht. Nesse depoimento, ele disse estar disposto a fazer uma colaboração premiada.

A fase de pré-delação é aquela em que o potencial delator apresenta aos procuradores um cardápio do que pretende revelar crimes em que se envolveu com outras pessoas e indicar o caminho das provas.

Após essa fase, o Ministério Público diz se concorda com o cardápio, toma o depoimento dele e recolhe as provas para futura homologação pelo Poder Judiciário.

O foco de Funaro, conforme a Reuters revelou esta semana, é tentar fechar um acordo de delação com a equipe do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

A avaliação dele é que, com ela, ele conseguirá se livrar ou ao menos reduzir a pena em investigações que correm no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília e em Curitiba.

A tentativa de fechar delação com o Ministério Público Federal em primeira instância ou com a Polícia Federal não teria idêntica repercussão --em termos de eventuais benefícios-- para Funaro.

No início do ano, o empresário já apresentou, por meio de advogados, um cardápio inicial do que desejava delatar, mas na ocasião as tratativas não avançaram. Ele espera que, desta vez, as negociações sejam concluídas.

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