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Funaro fica até a sexta-feira na carceragem da PF em Brasília

Ele foi transferido da Papuda para a PF para poder preparar os anexos da proposta de delação que negocia com a Procuradoria-Geral da República

Delação: integrantes do grupo político do PMDB da Câmara estão entre os principais alvos de Funaro (Alexandre Schneider/VEJA)

Delação: integrantes do grupo político do PMDB da Câmara estão entre os principais alvos de Funaro (Alexandre Schneider/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de julho de 2017 às 13h19.

Brasília -  O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, atendeu a um pedido do Ministério Público Federal e prorrogou até a sexta-feira da próxima semana, dia 28, a permanência do corretor Lúcio Bolonha Funaro na carceragem da Polícia Federal em Brasília. Preso na operação Sépsis em julho de 2016, Funaro foi transferido do Complexo da Papuda em Brasília para a PF para poder preparar os anexos da proposta de delação que negocia com a Procuradoria-Geral da República.

Ao requerer a prorrogação, o MPF apontou "a necessidade de se colher novos esclarecimentos a respeito de fatos decorrentes das operações conduzidas por este Ministério Público (Operações Sépsis e Cui Bono?)."

A reportagem apurou que entre os principais alvos da delação de Funaro estão os integrantes do grupo político do PMDB da Câmara dos Deputados. São citados o presidente Michel Temer, os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, além do ex-deputado Eduardo Cunha, todos do PMDB. Outro alvo será o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral). Além dos políticos, empresários como Joesley Batista e João Queiroz, da Hypermarcas, terão seus nomes abarcados nos anexos.

Desde a revelação do acordo de colaboração dos executivos da JBS, na qual Funaro foi apontado pelo empresário Joesley Batista como operador financeiro do PMDB da Câmara, grupo político de Temer, o corretor voltou a negociar uma delação. Antes, havia interrompido as conversas com os investigadores por causa dos pagamentos que recebia do grupo J&F, controlador da JBS.

Nas últimas semanas, enquanto participava das audiências do processo da Operação Sépsis, na Justiça Federal de Brasília, Funaro vinha escrevendo em um computador e em um caderno espiral os resumos do que entregará no acordo de colaboração.

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