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Fumaça tóxica das queimadas chega a SP; partículas fazem mal à saúde

Elementos químicos deixam céu nublado; gases carregados pelos ventos podem causar sintomas como tosse e dor de cabeça

Fumaça de incêndios no Pantanal já chegou ao Sudeste, trazendo gases tóxicos (Chico Ribeiro /Governo MT/Divulgação)

Fumaça de incêndios no Pantanal já chegou ao Sudeste, trazendo gases tóxicos (Chico Ribeiro /Governo MT/Divulgação)

CA

Carla Aranha

Publicado em 19 de setembro de 2020 às 10h31.

Uma corrente de ventos está empurrando, desde sexta-feira, dia 18, a fumaça das queimadas do Pantanal para São Paulo e todo o Sudeste. "Os aerossóis dos incêndios estão sendo canalizados com força para a região", diz Heradio Alves, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Todos os Estados da região devem ser atingidos.

No domingo, 20, a previsão é de chuvas no Sudeste. Com isso, a região poderá presenciar o fenômeno da chuva negra. "As partículas em suspensão na atmosfera deverão ser condensadas pela água da chuva", diz Alves.

Mas o pior mesmo é o impacto na saúde. A fumaça das queimadas, que cobriu o céu de São Paulo e outros Estados do Sudeste impedindo a passagem dos raios de Sol, possui moléculas de elementos tóxicos, entre eles o monóxido de carbono.

Caso esteja presente em grandes quantidades, ele pode ser inalado pelas vias respiratórias e dificultar o transporte de oxigênio para o organismo.

Alguns dos sintomas que podem ser apresentados são tosse seca, cansaço e dor de cabeça. A recomendação é que principalmente a população mais velha e as crianças caprichem na hidratação, consumindo pelo menos dois litros de água por dia.

No domingo e no início da semana, as chuvas devem aliviar um pouco o clima poluído. Nos outros dias, no entanto, a previsão é que o tempo volte a ficar seco, o que pode fazer com a fumaça das queimdas volte a ficar em suspensão no céu.

Os incêndios florestais já causaram a destruição de mais de 1 milhão de hectares no Pantanal. O município de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, apresenta, sozinho, 5.000 focos de incêndio. Os animais também estão sofrendo pela inalação da fumaça e o fogo. Muitos não conseguem sobreviver. As Forças Armadas estão atuando no combate aos incêndios, junto a brigadistas e civis.

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