Brasil

Fugitivos estão escondidos em um raio de 15 km do presídio de Mossoró, diz Lewandowski

Presos escaparam da penitenciária por meio de um buraco aberto no teto e ferramentas encontradas em um canteiro de obras

Penitenciária Federal de Mossoró, de segurança máxima (Reprodução)

Penitenciária Federal de Mossoró, de segurança máxima (Reprodução)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 15 de fevereiro de 2024 às 18h25.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quinta-feira que os dois fugitivos da penitenciária federal de Mossoró estão escondidos em um raio de 15 quilômetros na região do entorno do presídio.

Considerados presos de "alta periculosidade" e ligados ao Comando Vermelho, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça fugiram da unidade de segurança máxima na madrugada desta quarta-feira.

--- Acreditamos que eles estejam localizados em um raio de 15 quilômetros naquela região. (...) E que eles serão recapturados num período muito breve --- afirmou o ministro. Segundo as investigações, nenhum veículo se aproximou da penitenciária nem foi registrado o furto de nenhum carro na região, o que levou à conclusão de que os detentos estejam empreendendo a fuga a pé. O local é cercado por mata fechada.

--- É um local de matas, uma zona rural e nós imaginamos que eles ainda estejam homiziados naquela região --- acrescentou o ministro. Outro elemento que reforça essa suspeita é que um sítio foi arrombado nas proximidades do presídio na madrugada desta quinta. Os invadores levaram consigo roupas e alimentos.

---- Temos notícias de que uma casa rural foi invadida, onde houve furto de roupas comidas. Certamente isso pode estar relacionado a esses dois fugitivos que estão tentando sobreviver nesta área ---- afirmou Lewandowski.

O ministro declarou que "todos os esforços" estão concentrados na operação para recapturar os presos. De acordo com ele, há 300 homens da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar vasculhando a área, com o auxílio de três helicópteros, drones com visão noturna e capazes de mapear pontos de calor, cães farejadores. O nome dos dois foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol (Polícia Internacional).

A fuga dos dois presos é a primeira crise de segurança pública enfrentada por Lewandowski, que foi empossado no cargo no início de fevereiro no lugar de Flávio Dino.

Ainda ontem, Lewandowski determinou o afastamento imediato do diretor da unidade prisional e escalou um interventor para comandar a gestão.

Os dois teriam fugido da penitenciária por volta das 3h por meio de uma abertura no teto da cela. Eles teriam escalado um vão por onde passa a fiação da luminária. Depois, chegaram a um canteiro de obras no pátio onde os presos tomam banho de sol. Lá, conseguiram um alicate que foi utilizado para cortar o alambrado e fugir. A dupla é ligada ao Comando Vermelho, uma facção criminosa com ampla presença no Rio de Janeiro.

Interpol

A PF também pediu a inclusão dos dois fugitivos no sistema de difusão vermelha da Interpol. Esse tipo de alerta ocorre quando as autoridades de um país identificam uma pessoa que representa ameaça iminente à sociedade e visa localizar e prender provisoriamente um indivíduo para ser extraditado.

Na véspera, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, havia informado que os nomes dos fugitivos estava na lista laranja. A fuga inédita no sistema penitenciário federal é a primeira crise de segurança pública enfrentada pela sua gestão. Ele foi empossado no cargo no início de fevereiro no lugar de Flávio Dino.

Acompanhe tudo sobre:Rio Grande do NorteRicardo LewandowskiSegurança públicaInterpolPrisões

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP