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Fugitivos de Mossoró voltam à prisão e ficarão em celas separadas

Os detentos foram recapturados em Marabá, no Pará, depois de 50 dias foragidos

Publicado em 5 de abril de 2024 às 07h14.

Última atualização em 5 de abril de 2024 às 09h26.

Recapturados pela polícia na última quinta-feira, 04, os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, localizada no Rio Grande do Norte, voltam para a prisão nesta sexta-feira, 05. Os detentos foram recapturados em Marabá, no Pará, depois de 50 dias foragidos. 

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento chegaram à unidade prisional de avião, com desembarque em Mossoró. A penitenciária teve sua segurança reforçada desde de que os detentos escaparam, e a direção também foi trocada. Eles passaram pelos exames de corpo delito no Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), ficarão em celas separadas e ainda mais monitorados, conforme mostram as informações do Ministério da Justiça.

Nos quase dois meses em que estiveram foragidos, os dois detentos percorreram vários estados do Nordeste e foram recapturados no Norte, mais de 1,6 mil km distante da prisão de Mossoró. Durante o depoimento da PF, ambos ficaram em silêncio e foram retransportados à penitenciária.

Reforço de segurança

O Ministério da Justiça e Segurança Pública fez uma licitação para disponibilizar até 10 mil câmeras para equipar os presídios federais. O material foi dado para os estados que desejarem trocar as câmeras defeituosas por novas.

A pasta já tinha determinado que os presídios federais adotassem medidas para reforçar a segurança nas unidades penitenciárias. Entre elas, estavam a substituição das câmeras inoperantes, além de reforço na estrutura de todas luminárias e revistas diárias em todas as celas.

Após a fuga, os investigadores perceberam que algumas câmeras não estavam funcionando e que algumas lâmpadas estavam apagadas. Apenas uma câmera, com imagem pouco nítida, registrou o momento da evasão. Como mostrou o colunista do GLOBO Lauro Jardim, relatórios de inteligência produzidos em 2021 mostraram que 124 câmeras de segurança do presídio não funcionavam na época.

Como foi a recaptura dos fugitivos?

A caçada começou na manhã da quarta-feira de cinzas, 14 de fevereiro, e seguiu até esta quinta-feira. O Ministério da Justiça informou que eles foram detidos em uma ação conjunta das Polícias Federal e Rodoviária Federal.

Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33, conseguiram fugir do presídio em 14 de fevereiro, permanecendo foragidos por 50 dias até serem recapturados.

Em uma coletiva, o ministro da Justiça e Segurança Ricardo Lewandowski informou que os dois foragidos foram detidos em uma ação conjunta das Polícias Federal e Rodoviária Federal. Os dois estavam se dirigindo ao exterior.

Lewandowski também disse que 14 pessoas foram presas na operação de busca. 

"Nessa operação foram presos, não só os fugitivos, mas também presos 4 comparsas que se encontravam nos demais veículos. Importante dizer que desde o início da operação 14 pessoas, contando os detidos de hoje, foram presas, envolvidos justamente nesta fuga", declarou.

Ambos os detentos, naturais do Acre, estavam detidos na unidade desde setembro de 2023 e faziam parte da facção criminosa conhecida como Comando Vermelho.

A fuga ocorreu quando os dois abriram um buraco atrás de uma luminária na parede da prisão e cortaram duas cercas de arame utilizando ferramentas encontradas em uma obra em andamento nas instalações do presídio.

Este episódio marca a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que também engloba penitenciárias em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).

(Com Agência O Globo)

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