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Frente da Agropecuária se reunirá para discutir Previdência

A expectativa é que participe do encontro o secretário da Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano

Câmara: o presidente da frente disse estimar que 80% dos parlamentares do grupo apoiam a reforma (Adriano Machado/Reuters)

Câmara: o presidente da frente disse estimar que 80% dos parlamentares do grupo apoiam a reforma (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de dezembro de 2017 às 17h14.

Brasília - Parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), grupo em defesa do setor que engloba 220 deputados e senadores, vão se reunir na próxima terça-feira com especialistas da área previdenciária a fim de discutir a reforma da Previdência, afirmou o presidente da frente, o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT).

A expectativa é que participe do encontro o secretário da Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano. A reunião deve ocorrer no dia em que está prevista a votação da proposta no plenário da Câmara.

O presidente da frente disse estimar que 80 por cento dos parlamentares do grupo apoiam a reforma. Para ele, somente na próxima semana será possível fazer uma "aferição" dos reais apoios dentro da frente à proposta.

Questionado se a bancada ruralista está "contemplada" para aprovar a reforma, Leitão disse que a pergunta está "errada". Segundo ele, a questão de votar a favor ou contra a matéria é vinculada a cada um dos deputados. Ainda assim, acenou com apoio maciço à proposta.

"Na verdade, a discussão da frente em relação à Previdência, é uma discussão conjuntural mesmo. Como nós conversamos todos os dias com o setor produtivo, o setor quer que vote, as entidades todas, sem exceção", disse ele à Reuters após a posse da nova diretoria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O presidente da FPA citou que a reforma não muda as regras para a aposentadoria do trabalhador rural. Ele também destacou que outra demanda do setor --a aprovação do projeto de lei que renegocia o Funrural-- deverá contar nesta terça com a votação de destaques pela Câmara e, em seguida, haveria um acordo com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para apreciar com rapidez a proposta no plenário da outra Casa Legislativa.

PSDB

Eleito futuro líder do PSDB na Câmara, Leitão disse ser a favor do fechamento de questão na bancada tucana. Ele disse que a Executiva do partido reúne-se nesta quarta-feira às 11h para debater o assunto com a presença do novo presidente da legenda, o governador paulista Geraldo Alckmin. O governador paulista defendeu no final de semana o fechamento de questão.

O deputado, contudo, afirmou que há três pontos que dividem "muito" na reforma. Em primeiro lugar, o fato de o texto ter sido modificado "várias vezes". O segundo ponto, os parlamentares "ideológicos", que têm posição contrária à proposta. E, por último, os deputados que podem ou não votar condicionados à liberação de emendas.

Para Leitão, somente 40 por cento dos deputados podem apoiar a reforma por causa do repasse desse tipo de verba.

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