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Freixo critica postura de advogado de manifestante preso

Para o deputado, o advogado deveria tê-lo informado sobre conversa da ativista Elisa Quadros, Sininho, com seu estagiário, antes de divulgar o episódio

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 16h01.

Rio - O deputado estadual fluminense Marcelo Freixo (PSOL) nega ter qualquer ideia de quem seja o rapaz que acendeu o rojão que atingiu o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade e diz que só conversou com a ativista Elisa Quadros, a Sininho, na manhã deste domingo, 9, porque ela ligou relatando o receio de que Fábio Raposo - que havia sido preso - fosse alvo de violência na cadeia.

Freixo criticou o advogado de Raposo, Jonas Tadeu Nunes, por ter divulgado, sem consultar o deputado, o termo circunstanciado em que um estagiário de seu escritório de advocacia relata uma conversa telefônica com Sininho.

No diálogo, segundo o estagiário, Sininho afirmou que o rapaz que acendeu o rojão tem ligação com Freixo.

Para o deputado, o advogado deveria tê-lo informado sobre essa conversa de Sininho com seu estagiário, antes de divulgar o episódio.

"O advogado saiu da delegacia e entregou o documento a uma repórter. E é o mesmo advogado do Natalino (Guimarães, ex-deputado estadual preso após uma investigação liderada por Freixo na Assembleia Legislativa do Rio). Ele já teve enfrentamento comigo, então precisava ter cuidado", disse Freixo. "Hoje, em um programa de rádio, o advogado me pediu desculpas", contou o deputado.

"A acusação que paira é que eu tenho relação com essa pessoa (que acendeu o rojão), que ninguém sabe quem é. Mesmo se tivesse relação, isso não significaria concordar com a atitude da pessoa. Espero que essa pessoa seja descoberta e que isso seja esclarecido", afirmou.

"Quando a Sininho me ligou, eu expliquei que não fazia sentido (registrar a denúncia naquele momento), porque o preso nem tinha ido para a cadeia ainda, estava na delegacia. Além disso, eu não ofereci advogado nenhum, em nenhum momento, nem agora nem nas outras manifestações, porque a Comissão de Direitos Humanos (que Freixo preside na Assembleia) não tem esse papel nem essa estrutura", disse.

Segundo ele, nem o partido nem seu gabinete na Assembleia prestaram qualquer auxílio jurídico a manifestantes, desde o início da onda de protestos, no ano passado. "Lamento profundamente a morte do Santiago, e me assusta muito essa escalada de violência. Eu repudio qualquer forma de violência, de qualquer lado. Não acredito em violência nem como método nem como princípio", afirmou Freixo.

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