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Fraga promete ajuste fiscal rápido em governo tucano

Armínio Fraga é o coordenador da área econômica da campanha do candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves


	Aécio Neves (PSDB) durante caminhada em Botucatu, interior de São Paulo
 (Marcos Fernandes/Coligação Muda Brasil/Divulgação via Fotos Públicas)

Aécio Neves (PSDB) durante caminhada em Botucatu, interior de São Paulo (Marcos Fernandes/Coligação Muda Brasil/Divulgação via Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2014 às 18h11.

São Paulo - Armínio Fraga, coordenador da área econômica da campanha do candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, prometeu nesta quarta-feira um ajuste fiscal rápido e queda gradual da meta de inflação em um eventual governo tucano.

Para uma plateia de financistas e empresários, o ex-presidente do Banco Central afirmou que serão necessárias medidas econômicas duras no começo de 2015 para restaurar a confiança de consumidores e empresários e reverter a tendência atual de recessão.

"O gasto tem que crescer menos que o PIB (Produto Interno Bruto) e a tendência é que isso seja feito o mais rápido possível", disse Fraga em evento promovido pela revista Exame na capital paulista.

"Dá pra fazer em um ano", afirmou, antes de defender um aumento da meta de superávit primário, hoje em 1,9 por cento do PIB.

Fraga, que comandava o BC quando o Brasil adotou o regime de metas de inflação em 1999, disse que a meta de 4,5 por cento ao ano é muito alta e pode ser reduzida "lentamente" nos próximos anos.

Mas admitiu a possibilidade de um 'tarifaço' no começo de 2015, termo usado pelo mercado para se referir à expectativa de ajustes de preços administrados, como de energia elétrica e dos combustíveis.

Fraga acenou ainda com uma estrutura tributária mais simples, por meio da introdução do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) em substituição ao ICMS, IPI, PIS e Cofins.

"Uma reforma (tributária) caprichada é difícil, mas o momento chegou", disse Fraga. "O governo (federal) pode oferecer um mínimo de segurança aos Estados."

Para Fraga, esse conjunto de mudanças ajudaria a restaurar a confiança dos agentes econômicos na capacidade do governo de seguir o tripé formado por meta de inflação, superávit primário e câmbio flutuante, o que elevaria a taxa de investimento na economia, dos atuais 18 para 24 por cento do PIB em quatro anos.

Fraga fez várias críticas ao atual governo, inclusive sobre a administração da Petrobras e do setor elétrico, além da gestão fiscal. "Vários setores da economia estão se dando conta de que esse modelo não deu certo", disse.

Durante a apresentação, Fraga foi interrompido pela organização do evento para anunciar a morte do candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos.

"É um tremendo choque num momento tão importante. O Brasil vai ficar de luto por um bom tempo", disse ele mais tarde a jornalistas.

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