Brasil

Fotógrafo de jornal é preso durante protestos

Repórter do Zona de Conflito, preso em flagrante, foi autuado por incêndio criminoso, roubo, depredação do patrimônio público e formação de quadrilha ou bando


	Protesto no Rio: é a segunda vez em pouco mais de um mês que jornalista da publicação Zona de Conflito é detido pela Polícia Militar em protestos
 (Fernando Frazão / Agência Brasil)

Protesto no Rio: é a segunda vez em pouco mais de um mês que jornalista da publicação Zona de Conflito é detido pela Polícia Militar em protestos (Fernando Frazão / Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2013 às 17h59.

Rio - Pelo menos um jornalista foi preso durante os protestos da noite desta terça-feira, 15, na Cinelândia, região central do Rio.

De acordo com o editor do jornal on-line independente "Zona de Conflito", Marco de Sordi, o repórter-fotográfico Ruy Barros foi preso no entorno da Praça Floriano, coração da Cinelândia, e encaminhado para a 37ª Delegacia de Polícia (DP), na Ilha do Governador.

De acordo com Sordi, Barros fazia a cobertura fotográfica do confronto entre black blocs e policiais para uma reportagem a ser exibida na Holanda.

O repórter-fotográfico, preso em flagrante, foi autuado por incêndio criminoso, roubo, depredação do patrimônio público e formação de quadrilha ou bando.

O editor do jornal on-line independete reclama que o trabalho dos advogados da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ), do Instituto de Defensores dos Direitos Humanos (IDDH) e do Zona de Conflito foi dificultado.

"Mesmo os familiares conversaram com Ruy só rapidamente. Só puderam entregar uma garrafa d'água e um pacote de biscoitos, já que ele ficou muito tempo sem comer", afirmou Sordi.

A partir de agora, segundo ele, o temor é que Barros - que teria sido levado para um presídio em São Gonçalo, no Grande Rio - fique preso por vários dias.

"Como ele foi autuado em flagrante, é preciso que ele entre no sistema (prisional) primeiro, para só depois os advogados poderem entrar com pedido de relaxamento da prisão. Acho que isso pode levar uma semana", afirma.

De acordo com o editor do jornal on-line, a posição da publicação incomoda a polícia do estado.

Esta foi a segunda vez, em pouco mais de um mês, que um jornalista da publicação on-line é detido pela Polícia Militar (PM) durante protestos. "Isso não faz sentido. Ruy é primário, tem profissão, trabalho e emprego fixo", lamenta.

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