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Forças pacificadoras devem mudar abordagens na Maré

Ministério Público recomendou ao comando da Força de Pacificação mudanças nas abordagens feitas a crianças e adolescentes


	Policiais fazem patrulha na Favela da Maré, no Rio de Janeiro
 (REUTERS/Ricardo Moraes)

Policiais fazem patrulha na Favela da Maré, no Rio de Janeiro (REUTERS/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2014 às 22h58.

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro recomendou ao comando da Força de Pacificação no Complexo da Maré, zona norte da capital fluminense, mudanças nas abordagens feitas a crianças e adolescentes na comunidade.

Segundo o órgão, relatos dão conta de que militares têm cometido excessos quando abordam os jovens para fazer buscas, de acordo com documento divulgado hoje (14).

Na recomendação, o Ministério Público diz que os eventuais constrangimentos feitos por militares, nas revistas pessoais em jovens, podem causar “danos graves e irreversíveis a pessoas em formação física e psíquica”.

As denúncias sobre os excessos foram feitas pelo Conselho Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente.

O documento, assinado pelo promotor Jaime Mitropoulos, cita que a ameaça à integridade física da criança constitui crime tipificado, e ressalta que a abordagem só deve ser feita quando houver "fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos [ilegais] que constituam corpo de delito".

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com o Comando Militar do Leste, para que comentasse a recomendação, mas não obteve retorno até a edição da matéria.

Na última terça-feira (12), o Ministério da Justiça autorizou o uso da Força Nacional de Segurança Pública no patrulhamento do Complexo da Maré.

A segurança extra auxiliará o Exército, que ocupa a área desde o início de abril.

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