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Forças Armadas terão 2.500 homens no Complexo da Maré

Soldados vão ocupar o conjunto de favelas a partir de sábado, após uma onda de violência no Rio de Janeiro

Policiais e soldados do Exército durante operação no Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

Policiais e soldados do Exército durante operação no Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 17h50.

Rio de Janeiro - Ao menos 2.500 homens das Forças Armadas vão ocupar o conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, a partir de sábado, após uma onda de violência na cidade, informou nesta quinta-feira o Comando Militar do Leste (CML).

O efetivo a ser empregado na Maré pode chegar a quase 3.000. Serão 2.050 militares do Exército e 450 da Marinha, e homens da Aeronáutica também podem ser acionados.

Segundo o CML, 200 homens da Polícia Militar vão dar apoio às Forças Armadas, e policiais civis também vão atuar na ação. A operação São Francisco vai até fim de julho, após a Copa do Mundo.

"Podemos prosseguir, vai depender do interesse do governador e de uma decisão da presidente", disse o general do Exército Ronaldo Lundgren.

Nesta semana, o Ministério da Defesa e a presidente Dilma Rousseff assinaram uma garantia da lei e da ordem (GLO) que dá poder de polícia às tropas. O pedido de ajuda ao governo federal foi feito depois de uma onda de ataques de traficantes a policiais e bases da PM em favelas pacificadas.

No último domingo, a Polícia Militar do Rio ocupou a Maré, onde permanece até a chegada dos militares das Forcas Armadas. "Achamos que podemos melhorar a vida daquelas pessoas", afirmou o general.

A ideia do governo do Rio é instalar uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Maré no segundo semestre.

A Secretaria de Segurança anunciou nesta quinta-feira a criação de uma ouvidoria para receber reclamações de moradores de áreas pacificadas.

"Não se consegue pacificar e dar cidadania só com polícia....tem que ter serviço de luz, lixo, escola, iluminação", disse o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

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