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Força-tarefa reafirma compromisso de aprofundar investigação

A força-tarefa da operação reiterou acusações já feitas aos nove empreiteiros e executivos das principais construtoras do país que ganharam habeas corpus


	Agentes da Polícia Federal durante fase da Operação Lava Jato
 (Nacho Doce/Reuters)

Agentes da Polícia Federal durante fase da Operação Lava Jato (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2015 às 20h10.

São Paulo - A força-tarefa da Operação Lava Jato reiterou nesta terça feira, 28, todas as acusações já feitas aos nove empreiteiros e executivos das principais construtoras do País que ganharam habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF).

Os procuradores da República que investigam o esquema de desvios, cartel e fraudes a licitações na Petrobrás informaram que mantêm rigorosamente "todas as suas manifestações" pela manutenção da prisão preventiva de Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, Léo Pinheiro, da OAS, e dos outros 7 empresários réus da Lava Jato.

Os procuradores destacam que esse entendimento da força-tarefa foi reiterado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot - o chefe do Ministério Público Federal enviou pareceres ao STF, por meio dos quais pediu aos ministros que mantivessem os empreiteiros na prisão.

"Obviamente a decisão do STF deve ser cumprida, o que não a torna isenta de críticas", afirma o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da força tarefa da Lava Jato. "O direito de discordar de seus fundamentos é da natureza da democracia."

O procurador ressaltou que "a força-tarefa Lava Jato reitera o seu compromisso com a continuidade e aprofundamento das investigação".

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu habeas corpus nesta terça-feira a nove réus acusados de envolvimento em no suposto esquema de desvio de corrupção e propina instalado na Petrobrás e desbaratado na Operação Lava Jato. Ricardo Pessoa (UTC), José Ricardo Nogueira Breghirolli (OAS), Agenor Franklin Magalhães Medeiros (OAS), Sérgio Cunha Mendes (Mendes Júnior), Gerson de Melo Almada (Engevix), Erton Medeiros Fonseca (Galvão Engenharia), João Ricardo Auler (Camargo Corrêa), José Aldemário Pinheiro Filho (OAS) e Mateus Coutinho de Sá Oliveira (OAS) terão a prisão preventiva substituída por medidas cautelares.

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