Brasil

Força-tarefa não vai reprimir movimentos sociais, diz Jungmann

Jungmann disse que a Força-tarefa de Inteligência quer combater facções criminosas e que a possível repressão a movimentos sociais é uma "paranoia"

Jungmann: "Nossa grande preocupação é combater o crime organizado, sobretudo as facções de base prisional, que são, hoje, a maior ameaça ao Brasil", disse o ministro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Jungmann: "Nossa grande preocupação é combater o crime organizado, sobretudo as facções de base prisional, que são, hoje, a maior ameaça ao Brasil", disse o ministro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 22 de outubro de 2018 às 16h18.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse hoje (22) não haver riscos de a Força-tarefa de Inteligência, criada para enfrentar o crime organizado, ser usada para monitorar e reprimir manifestações sociais.

"Não há a menor possibilidade de repressão a movimentos sociais. Isto é pura paranoia", disse o ministro a jornalistas, durante um intervalo da segunda reunião ordinária do Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, que aprovou o Plano Nacional de Segurança Pública.

Publicado no último dia 15, o Decreto presidencial nº 9.527 cria uma força-tarefa de inteligência composta por representantes de onze órgãos federais, incluindo os centros de inteligência das três Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).

Coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o grupo vai "analisar e compartilhar dados e produzir relatórios de inteligência com vistas a subsidiar a elaboração de políticas públicas e a ação governamental no enfrentamento a organizações criminosas que afrontam o Estado brasileiro e as suas instituições".

Caberá ao GSI elaborar, posteriormente à criação do grupo, a chamada "norma-geral de ação" da força-tarefa, regulando o "desenvolvimento de ações e de rotinas de trabalho, em consonância com a Política Nacional de Inteligência, com a Estratégia Nacional de Inteligência e com a legislação em vigor".

Ameaça a manifestações

Publicada no Diário Oficial da União sem destaque, a iniciativa começou a ser discutida nos dias subsequentes, sendo criticada por setores que veem no "teor genérico" do texto uma ameaça de punição a manifestações políticas individuais ou coletivas, movimentos sociais, sindicais, religiosos ou de classe.

Para Jungmann, no entanto, o texto do decreto presidencial é claro. "Trata-se da criação de um grupo intersetorial para investigar e combater as facções criminosas, que já são mais de 70 […]. Nossa grande preocupação é combater o crime organizado, sobretudo as facções de base prisional, que são, hoje, a maior ameaça ao Brasil", disse o ministro, acrescentando que o Ministério da Segurança Pública participa do grupo e está "aberto a discutir qualquer ajuste que possa vir a ser feito".

Acompanhe tudo sobre:movimentos-sociaisRaul JungmannSegurança pública

Mais de Brasil

Nunes nega candidatura ao governo de SP e diz que será ‘o maior cabo eleitoral’ de Tarcísio

Incêndio de grandes proporções atinge prédio da PUC, em Curitiba

Tarcísio abre nova frente de concessões ao encaminhar leilão de travessias de balsas

Sindicato dos professores de SP confirma greve; Justiça determina 70% do quadro