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Força sindical diz que Dilma esqueceu trabalhadores

A Força e outras centrais sindicais se reuniram com a presidente na quarta-feira, 26, para levar a ela uma pauta com as reivindicações da categoria


	Diferente da avaliação mais crítica à postura da presidente, Paulinho afirmou que a resposta do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi "importante"
 (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Diferente da avaliação mais crítica à postura da presidente, Paulinho afirmou que a resposta do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi "importante" (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 17h22.

São Paulo - Líderes da Força Sindical criticaram nesta sexta-feira, 28, a presidente Dilma Rousseff, acusando-a de ter esquecido a classe dos trabalhadores.

A Força e outras centrais sindicais se reuniram com a presidente na quarta-feira, 26, para levar a ela uma pauta com as reivindicações da categoria, mas reclamaram que Dilma os ouviu a contragosto. Os ataques à presidente foram feitos durante uma plenária realizada em São Paulo nesta sexta para organizar o Dia Nacional de Lutas, com com mobilizações, paralisações e greves.

"Na última quarta, ela (Dilma) falou por 40 minutos e, com muita raiva, deixou que a gente falasse. Quando terminou, ela levantou e foi embora, sem nenhuma decisão concreta", afirmou o presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulinho da Força (PDT).

"Dilma deu banana para as forças sindicais. Ela não tem compromisso com os sindicalistas", disse outro líder sindical.

Plebiscito

O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), afirmou nesta sexta-feira, em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que o plebiscito em estudo pelo governo federal e pela presidente Dilma Rousseff, como resposta às demandas da onda de manifestações que tomou as ruas do país, é uma incógnita.

"É um óvni (objeto voador não identificado). Ninguém sabe o que pode dar isso. Não vai solucionar a vida das pessoas. Pode moralizar a política? Até pode, mas pode piorar também", afirmou ele, antes de participar de uma reunião plenária na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Paulo.

Segundo o deputado, a ideia de propor o financiamento público de campanha também não é uma solução. "Se o povo decidir pelo financiamento público, oficialmente o povo vai pagar a campanha de todos os corruptos e não corruptos." Apesar de se dizer a favor de "alguma reforma política", o deputado se mostrou contrário à eleição por lista. "Eu sou presidente do partido em São Paulo, então é lógico que eu vou ser o primeiro da lista. Como será a lista dos outros partidos?"


Alckmin e Haddad

Diferente da avaliação mais crítica à postura da presidente, Paulinho afirmou que a resposta do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi "importante". "Primeiro teve a reação policial de maneira mais violenta, que nós criticamos, mas, depois, em um segundo momento, houve a democratização da polícia."

Para ele, a decisão de Alckmin de anunciar corte de gastos mostra que o governador administra as contas públicas com responsabilidade. "Eu estive com ele (Alckmin) ontem. A redução da passagem significa um alto custo e o governo vai resolver isso cortando gastos, diferentemente da Dilma, que até agora não falou em corte de gastos."

Já o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi alvo de críticas. Segundo o deputado, Haddad "ficou omisso" em um momento importante. "Ele ficou muito lá em Paris", alfinetou o sindicalista, referindo-se à viagem que o prefeito fez para a França, junto com o governador, para defender a candidatura da capital paulista para receber a Expo 2020.

Passe Livre

O deputado comentou ainda o projeto de transporte gratuito para estudantes que deve ser votado no Senado. "Acho bom. Muitas vezes, as pessoas que estudam não têm dinheiro para ir à escola." Segundo Paulinho, a concessão de passe livre para estudantes não impacta no direito do trabalhador. "O trabalhador com carteira assinada paga os 6% do salário, independentemente se a passagem sobe ou não. O restante é pago pela empresa."

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