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Força Sindical "abre as portas" para Eduardo Campos

Paulo da Silva, presidente da Força Sindical, disse que a aliança com o governador de Pernambuco pela mudança da MP dos Portos pode evoluir para uma aliança política


	O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse que a antecipação do debate sobre a eleição presidencial "atrapalhando o andamento do País"
 (José Cruz/ABr)

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse que a antecipação do debate sobre a eleição presidencial "atrapalhando o andamento do País" (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2013 às 21h23.

Recife - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB e possível candidato a presidente da República, ouviu nesta segunda-feira do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, que, no momento em que ele decidir se candidatar "as portas da Força Sindical estão abertas" para ele.

A afirmação foi feita no gabinete do governador, em encontro fechado, que teve como principal tema a Medida Provisória 595, a MP dos Portos.

Campos não comentou a afirmação do líder sindical, preferindo criticar o lançamento da candidatura da presidente Dilma pelo ex-presidente Lula. "A antecipação deste debate acaba atrapalhando o andamento do País, deixando em segundo plano questões importantes para o País avançar", disse ele.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, disse que a aliança com Eduardo Campos - pela mudança da MP - pode se desdobrar em uma aliança política, mas frisou que esta não foi a finalidade do encontro desta segunda-feira. "Não viemos aqui fazer política", afirmou. "Quem está fazendo campanha ate agora é só a presidente Dilma". Para o deputado e líder sindical, isso é "um erro".

No encontro, Eduardo Campos criticou "a falta de diálogo do governo federal" em relação à MP dos Portos, editada em 6 de dezembro do ano passado. "Não houve debate prévio", reclamou.

Depois da reunião, em entrevista, o governador disse que a MP tem pontos positivos. "Queremos que haja concorrência nos portos brasileiros, precisamos baixar e reduzir custo da logística no Brasil, o que tem interface direta com a economia".

Paulinho garantiu que se o governo federal não atender os trabalhadores - espera-se um acordo até o dia 15 - os portuários poderão paralisar todos os portos do Brasil, com uma greve por tempo indeterminado.

Suape

O temor de Pernambuco com a MP dos Portos é a perda de autonomia da administração de Suape, considerado um porto ágil, para realizar licitações de novos terminais e escolher novas áreas a serem arrendadas pelo setor privado. Em Suape estão em processo de licitação o segundo terminal de contêineres (Tecon Suape 2, que representa um investimento de R$ 800 milhões) e o terminal de graneis sólidos, que complementa o projeto da Ferrovia Transnordestina. Suape tem em carteira R$ 26 bilhões para investimentos previstos na área industrial do complexo portuário.

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