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Força Nacional permanecerá por mais 45 dias em Mato Grosso do Sul

Os agentes continuarão atuando no policiamento ostensivo a fim de prevenir conflitos agrários em Caarapó

Força Nacional: A presença do efetivo também visa a coibir o tráfico de drogas, contrabando, armas e munições, entre outras práticas ilícitas na região de fronteira (José Cruz/Agência Brasil)

Força Nacional: A presença do efetivo também visa a coibir o tráfico de drogas, contrabando, armas e munições, entre outras práticas ilícitas na região de fronteira (José Cruz/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de dezembro de 2019 às 14h41.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública estendeu por mais 45 dias o prazo de atuação de policiais da Força Nacional de Segurança Pública em Mato Grosso do Sul.

Segundo a Portaria nº 942, publicada no Diário Oficial da União de nesta terça-feira (31), os agentes continuarão atuando no policiamento ostensivo a fim de prevenir conflitos agrários em Caarapó.

A presença do efetivo também visa a coibir o tráfico de drogas, contrabando, armas e munições, entre outras práticas ilícitas na região de fronteira.

Cedidos pelos órgãos de segurança dos estados para integrar a tropa federal, os policiais da Força Nacional atuam em apoio às secretarias de segurança pública dos estados que solicitam sua presença.

Em Mato Grosso do Sul, a corporação vem atuando na região da fronteira com o Paraguai desde 2016. Desde então, a pedido do governo estadual, a permanência dos policiais vem sendo prorrogada, principalmente para evitar conflitos agrários, sobretudo entre indígenas e produtores rurais e seus seguranças.

Em junho de 2016, cerca de 300 índios da Guarani e Kaiowa ocuparam parte da Fazenda Yvu, em Caarapó (MS). Eles reivindicam a área como parte da Terra Indígena Dourados-Amambaipeguá I, cujo procedimento demarcatório está paralisado desde 2007.

Ao tentar expulsar os índios e retomar a área, produtores rurais, funcionários das propriedades e seguranças contratados entraram em confronto com os indígenas. O índio Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza foi morto a tiros e outros seis indígenas ficaram feridos.

O ministério não informou o número de policiais atuando na região. A validade da atual portaria vai até 11 de fevereiro de 2020.

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