Vista geral da construção de um dos canais do projeto de transposição do rio São Francisco (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2014 às 16h45.
Brasília - O Ministério da Integração Nacional, responsável pelas obras do projeto de transposição do Rio São Francisco, precisou do apoio de tropas da Força Nacional de Segurança para fazer os testes de ajuste de equipamentos para início da operação do sistema.
A presença da força foi necessária porque havia a possibilidade de moradores do município pernambucano de Floresta tentar impedir a operação com receio de que ela prejudicasse o abastecimento de água na região.
De acordo com o ministério, no fim de agosto, foi feito o bombeamento de água do reservatório de Itaparica para o reservatório Areias, procedimento necessário para os ajustes dos equipamentos da primeira Estação de Bombeamento (EBV-1) do Eixo Leste.
A presença da Força Nacional foi autorizada pelo Ministério da Justiça, após solicitação do ministro interino da Integração Nacional, Francisco Teixeira. Os testes ocorreram no último dia 13. A autorização formal para emprego do contingente federal, no entanto, foi publicada hoje (21) no Diário Oficial da União.
Segundo o Ministério da Integração Nacional, os testes seguiram “todas as boas práticas da engenharia e de qualquer protocolo de acionamento de conjuntos de motobombas”.
Em nota, a pasta informou ainda que o enchimento dos canais até as primeiras estações de bombeamento de cada eixo representa a primeira etapa de pré-operação do empreendimento.
“Ressalta-se que, a quantidade de água a ser bombeada até o final deste ano representa apenas 0,06% da capacidade do reservatório de Itaparica. Do volume atual, representa apenas 0,3%”, informou o ministério.
As obras do projeto de transposição foram iniciadas em 2007, durante o governo do então presidente Lula. Depois de vários atrasos, hoje o empreendimento está com 66,1% da execução concluída e com previsão de término para dezembro de 2015.
São mais de 477 quilômetros de canais, nos estados de Pernambuco, do Ceará, Rio Grande do Norte e da Paraíba, com objetivo de garantir a segurança hídrica para mais de 390 municípios no Nordeste Setentrional.