Militares e Veículos da Força Nacional de Segurança Pública do Brasil, são vistos em frente ao Palácio do Planalto em Brasília (José Cruz/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 15 de março de 2023 às 07h14.
Última atualização em 15 de março de 2023 às 07h14.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, comunicou, em uma postagem em seu perfil no Twitter, que a primeira parte da equipe da Força Nacional já chegou a Natal, no Rio Grande do Norte. O efetivo foi enviado para ajudar a conter os ataques criminosos, que começaram na madrugada dessa terça-feira, em 19 cidades do estado, incluindo a capital.
Dino confirmou, também, que uma outra parte do efetivo da Força Nacional chegará amanhã, num total de 220 policiais que vão auxiliar as operações das forças estaduais.
Sergundo o governo do estado, até o fim da tarde dessa terça-feira, 20 pessoas já tinham sido presas e um adolescente apreendido.
De acordo com o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, ações policiais ocorridas nos últimos 15 dias teriam motivado a onda de ataques.
"Ainda não temos detalhes das motivações. Mas acreditamos que esses enfrentamentos dos últimos 15 dias, em que tiveram óbitos e apreensão de grande quantidade de drogas e armas, inquietou a delinquência a querer enfrentar o sistema de segurança pública. Mas não iremos admitir."
Os ataques tiveram início no final da noite desta segunda-feira e ocorreram de forma coordenada. Foram registradas ocorrências em Parnamirim, na Grande Natal, e também em cidades como Campo Redondo e Acari, no interior, e Tibau do Sul, no litoral.
Os criminosos atearam fogo em ônibus e microônibus em Natal e Parnamirim, duas das maiores cidades potiguares. Em alguns casos os passageiros foram obrigados a descer do veículo e ameaçados de morte se registrassem a ação em fotos ou vídeos.
Há a suspeita de que o Sindicato do Crime esteja por trás das ações criminosas. A facção, que nasceu como uma dissidência do Primeiro Comando da Capital (PCC), possui forte atuação ligada ao narcotráfico no Estado e tem membros espalhados por diferentes penitenciárias potiguares. O governo estadual acredita que as restrições de comunicação nas cadeias e ações investigativas contra a criminalidade podem ter desencadeado a reação criminosa.