Trabalhadores da Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais sindicais marcham em Brasília (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2015 às 13h42.
São Paulo - O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, disse nesta segunda-feira, 2, durante manifestação contra as medidas que alteram regras trabalhistas e previdenciárias, que as centrais estão preparando uma equipe de mais de cem pessoas para ir a Brasília fazer "corpo a corpo" com parlamentares e pressionar contra a aprovação das MPs 664 e 665 editadas pelo governo no fim do ano passado.
Um dos alvos será o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se elegeu com apoio da Força Sindical e do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP).
"Ele (Cunha) já mudou, fala em negociar com o governo. Por isso vamos pressionar, não só a ele. Sabemos que o parlamento é sensível a outras forças", disse Torres, ressaltando que a pressão dos parlamentares será feita também nas bases.
Sobre a posição de Cunha e seu poder de influência sobre a bancada do PMDB, Torres disse que o presidente da câmara não sofrerá pressão especial. "Ele vai sentir essa pressão também. Não acredito que ele vá nadar contra a maré", comentou.
"Queremos mostrar que os trabalhadores estão perdendo direito e não aceitam isso", disse Torres.
Impeachment
Apesar de a saída da presidente Dilma Rousseff ter sido pedida várias vezes no carro de som, Miguel Torres, que apoiou Aécio Neves (PSDB) na última eleição, negou que a manifestação pedisse também o impeachment da presidente.
Torres disse ainda que a Força Sindical não participará das manifestações pró-impeachment marcadas para 15 de março.