Brasil

"Foram dois anos de muita luta, mas também de muitas vitórias", diz Temer

Ele citou a queda da inflação para cerca de 3% ao ano e o retorno do crescimento do PIB para uma taxa superior a 2% prevista para este ano

Michel Temer: "Sem dúvida creio que todos nós fomos responsáveis por tirar o Brasil do vermelho e colocarmos o Brasil no rumo certo" (Marcos Corrêa/PR/Agência Brasil)

Michel Temer: "Sem dúvida creio que todos nós fomos responsáveis por tirar o Brasil do vermelho e colocarmos o Brasil no rumo certo" (Marcos Corrêa/PR/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de maio de 2018 às 16h18.

Brasília - O presidente da República, Michel Temer, disse na tarde desta terça-feira, 15, que muita gente disse "não" às ações do seu governo nos últimos dois anos, mas afirmou que a sua gestão conseguiu combater a inflação e a recessão que o País enfrentava.

"Foram dois anos de muita luta, mas também de muitas vitórias", afirmou, em cerimônia de celebração de dois anos de seu governo, que chamou de reunião de trabalho. "Resolvi chamar todos do governo nesse relato de tudo aquilo que foi ao longo desses dois anos de governo", completou.

Para o presidente, seu governo tinha um plano e a coragem para colocar em prática as medidas necessárias. "Tínhamos um lema trivial, mas de grande significação: ordem e progresso. Não tínhamos dúvida nem hesitações, tínhamos caminhos traçados", afirmou, citando a chamada "Ponte para o Futuro", do PMDB. Segundo ele, esse documento, elaborado antes de sua posse, foi o mapa do seu governo até aqui.

Temer considerou que sua equipe nesses dois anos foi uma "da melhor dos últimos tempos", e o resultado foi vencer a pior recessão da história do País. "Avançamos muito nesses 2 anos de trabalho. Me sinto responsável pelas atitudes e escolhas que fiz. Sempre pensei em um Brasil maior", repetiu.

Ele citou a queda da inflação para cerca de 3% ao ano e o retorno do crescimento do PIB para uma taxa superior a 2% prevista para este ano. "Sem dúvida creio que todos nós fomos responsáveis por tirar o Brasil do vermelho e colocarmos o Brasil no rumo certo", enfatizou.

O presidente elogiou o trabalho do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles citando a aprovação do Teto de Gastos, que considerou o primeiro passo acertado do seu governo. "O teto ficará como legado para o futuro da gestão pública brasileira. Começava ali um sentimento de que era possível reformar o nosso País", avaliou.

Temer fez uma homenagem ao deputado Rômulo Gouvea (PSD-PB), que morreu no último fim de semana. "Não queria começar essa reunião sem fazer essa lembrança e essa homenagem", afirmou.

Produção

Em um extenso balanço das ações de seu governo nos últimos dois anos, Temer destacou a ampliação da produção e do comércio exterior. Ele enalteceu o aumento da produção de veículos após três anos seguidos de queda e a venda de caminhões.

"Mais de oito montadoras residentes no País anunciaram aumento de investimentos no setor, sendo que duas dessas fábricas (Fiat e Toyota) criaram um terceiro turno de trabalho, o que significa mais empregos", detalhou.

Temer citou ainda que o Brasil teve nos últimos anos os dois maiores superávits na história balança comercial. "O aumento das exportações e também das importações é um sinal claro da recuperação da nossa economia", afirmou, ao citar os avanços do acordo do Mercosul com a União Europeia, além de tratativa com outros países, como Canadá e Singapura.

"Reabrimos o Brasil para o mundo e o mundo se reconectou com o Brasil", disse o presidente, ao falar de suas viagens para diversas continentes e das recepções de líderes estrangeiros em Brasília.

"Estive na China duas vezes, Japão, Rússia e quase todos vizinhos sulamericanos. E a recepção não podia ser mais receptiva. Hoje somos o segundo melhor destino de investimentos no mundo", completou.

 

Acompanhe tudo sobre:Governo TemerMichel Temer

Mais de Brasil

Senado aprova autonomia na gestão financeira da PPSA, a estatal do pré-sal

Assassinato de delator do PCC é 'competência do estado', afirma Lewandowski

Alesp aprova proibição de celulares em escolas públicas e privadas de SP

Geração está aprendendo menos por causa do celular, diz autora do PL que proíbe aparelhos em escolas