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FMI prevê crescimento de 5,3% do PIB do Brasil neste ano e 1,9% em 2022

Câmbio, inflação e desigualdade permanecem como desafios, enquanto aumento da poupança das famílias e aprovação de marcos regulatórios sinalizam melhora do ambiente econômico

FMI aponta crescimento de 5,3% do PIB neste ano (Yuri Gripas/Reuters)

FMI aponta crescimento de 5,3% do PIB neste ano (Yuri Gripas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2021 às 08h49.

Última atualização em 23 de setembro de 2021 às 12h41.

Em relatório publicado nesta quarta, 22, o FMI projeta um crescimento de 5,3% para o Brasil neste ano e uma queda da dívida pública de 99% para 92% do PIB. Para 20222, a expectativa é de uma expansão da economia de 1,9%. "Um mercado de trabalho em melhoria e altos níveis de poupança das famílias apoiarão o consumo e, à medida que as vacinações continuarem, a demanda reprimida retornará por serviços pessoais", afirma a entidade. O FMI também aponta desafios como o câmbio, as perspectivas para a inflação e a taxa de desemprego elevada. E permanecem as preocupações com a desigualdade.

"As transferências emergenciais de dinheiro acabarão expirando e, na ausência de um fortalecimento permanente da rede de proteção social, a pobreza e a desigualdade podem se agravar", analisa o FMI. "Os riscos fiscais de curto prazo são baixos, mas o alto nível da dívida pública continua a representar riscos de médio prazo. Restaurar um crescimento elevado e sustentado, aumentar o emprego e reduzir as vulnerabilidades exigirá esforços políticos para eliminar gargalos e fomentar o investimento liderado pelo setor privado".

A crise hídrica representa um sinal amarelo nas perspectivas de crescimento, alertam os técnicos. O FMI recomenda uma "colaboração mais próxima entre as autoridades e o corpo técnico para analisar riscos relacionados ao clima em avaliações macroecônomicas e de estabilidade financeira".

O fundo também ressalta a importância de uma reforma tributária mais ampla, que inclua um "plano ousado para reduzir as despesas fiscais" com "um quadro fiscal de médio prazo mais robusto" para areduzir os riscos fiscais e "melhorar a capacidade do governo de administrar choques adversos".

Os especialistas do FMI citam a aprovação de medidas de abertura de mercado como o marco regulatório do saneamento e o PL do gás como avanços importantes para a atração de investimentos do setor privado.

Além disso, o fundo credita a projetos como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas de Pequeno Porte (Pronampe), criado com o objetivo de socorrer pequenas empresas afetadas pela pandemia, e a Lei de Falências e Recuperação de Empresas, de 2020, que busca facilitar o processo de recuperação judicial, como elementos relevantes para a melhoria do ambiente de negócios no país. 

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