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FMI pede que estímulos econômicos sejam mantidos para superar a crise

Diretora-gerente da organização, Kristalina Georgieva elogiou os governos pelas "enormes medidas fiscais" totalizando aproximadamente US$ 10 trilhões

Kristalina Georgieva: "Concordo plenamente que devemos ter muito cuidado para não retirar o apoio (financeiro) muito rapidamente" (Peter Foley/Getty Images)

Kristalina Georgieva: "Concordo plenamente que devemos ter muito cuidado para não retirar o apoio (financeiro) muito rapidamente" (Peter Foley/Getty Images)

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AFP

Publicado em 15 de junho de 2020 às 14h50.

Última atualização em 15 de junho de 2020 às 14h52.

A diretora-gerente do FMI instou nesta segunda-feira os países a continuar injetando dinheiro em suas economias para combater a crise causada pela covid-19 e não voltar à austeridade prematuramente.

"Minha mensagem é: gastem, gastem, gastem. Por favor, gastem o máximo possível", disse Kristalina Georgieva, durante um fórum virtual organizado pelos think tanks europeus GLOBSEC, Bruegel e pelo Instituto Montaigne (IM)

"Mas guardem os recibos. E tenham em mente que não podemos sobreviver sem crescimento ou esforço", acrescentou.

Georgieva elogiou os governos pelas "enormes medidas fiscais" totalizando aproximadamente US$ 10 trilhões, dez vezes mais do que durante a Grande Recessão que se seguiu à crise financeira global de 2008.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgará sua nova previsão de crescimento global em 24 de junho.

Georgieva já alertou que essas previsões serão piores do que as reveladas em abril, quando o Fundo esperava uma contração no Produto Interno Bruto (PIB) de 3% este ano.

Nesta segunda-feira, ela disse que a "maioria" dos países verá sua previsão de crescimento revisada para baixo, enquanto um "pequeno grupo" de países verá sua estimativa revisada para cima.

"Concordo plenamente que devemos ter muito cuidado para não retirar o apoio (financeiro) muito rapidamente", afirmou a diretora.

"Lembrem-se que fizemos isso após a crise financeira global e teve consequências negativas não intencionais por algum tempo", acrescentou.

Ela considerou a necessidade de apoio ainda mais crucial hoje, dado que a crise causada pela pandemia aumentou as desigualdades.

"Temos que pensar em maneiras de gastar melhor o dinheiro público", recomendou, pedindo "usar esse período (da história) para proteger a economia", para fazer investimentos em favor da economia do futuro que gerará crescimento.

O FMI, com sede em Washington, forneceu bilhões de dólares em financiamento de emergência em um ritmo vertiginoso desde o início da crise.

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