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Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo

Flávio e a milícia; Brasil fica em Acordo de Paris, Arábia Saudita suspende importação de frango…

O presidente Jair Bolsonaro, em Davos (Arnd Wiegmann/Reuters)

O presidente Jair Bolsonaro, em Davos (Arnd Wiegmann/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 06h59.

Última atualização em 23 de janeiro de 2019 às 07h16.

Milícia e Marielle

Cinco milicianos suspeitos de terem envolvimento no assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, e de seu motorista, Anderson Gomes, foram presos por uma força-tarefa da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério Público do Estado. Os 13 mandados de prisão que foram expedidos pela justiça do Rio são contra milicianos suspeitos de grilagem de terras na Zona Oeste do Estado, Dentre os acusados estão um major da Polícia Militar e dois ex-PMs. Em dezembro passado, o general Richard Nunes, então secretário estadual de Segurança Pública do Rio, revelou ao jornal O Estado de S. Paulo que milicianos ligados à grilagem de terras e que atuam na zona oeste da capital haviam ordenado a morte da vereadora. As buscas de hoje se concentraram na Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Vargem Pequena. A ação desta terça-feira mirou, principalmente, no grupo que atua em Rio das Pedras, considerado o mais perigoso do Rio.

Milícia e Flávio

Um dos suspeitos de envolvimento no assassinato na Vereadora Marielle e de seu motorista, Anderson, foi homenageado em 2004 pelo atual Senador Flávio Bolsonaro (PSL). O major da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Ronald Paulo Alves Pereira, recebeu uma homenagem de Flávio quando este era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Na época, Flávio fez uma Moção de Louvor e Congratulações que homenageasse o policial por “importantes serviços prestados ao Estado do Rio de Janeiro quando da operação policial realizada no Conjunto Esperança no dia 22 de janeiro de 2004”, um confronto que teria resultado na morte de três pessoas.

 

Queiroz diz que foi ele

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz confirmou em nota enviada agora por meio de sua defesa que foi ele mesmo quem indicou a contratação da mãe e da esposa do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega para o gabinete do então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio. O ex-capitão do Bope é um dos principais alvos da Operação Intocáveis, deflagrada na manhã desta terça-feira cedo pelo MPRJ e Polícia Civil. Segundo as autoridades, Nóbrega é um dos líderes da milícia que atua na comunidade de Rio das Pedras, na zona oeste. Ele também é suspeito de integrar o grupo de extermínio chamado de Escritório do Crime.

 

Brasil fica em Paris, por ora

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, em reunião com empresários, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que o País vai continuar no Acordo de Paris, o tratado assinado por 195 países para estabelecer esforços conjuntos para tentar conter o aumento da temperatura do planeta a menos de 2°C até o final do século. Ele deu a declaração após ser cobrado pelos empresários sobre o que ele pretendia fazer sobre o problema das mudanças climáticas. Além de falar que fica no acordo, disse que não vai aceitar ser acusado de ser responsável por degradação ambiental. Depois, a jornalistas, o presidente disse apenas: “Por ora, será mantido”.

 

Novo presidente do Inep

Marcus Vinícius Carvalho Rodrigues, engenheiro e ex-consultor organizacional foi nomeado nesta terça, 22, como novo presidente do Instituto do Ministério da Educação (Inep). O órgão é responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pela avaliação do ensino no Brasil.O também ex-professor adjunto da Fundação Getúlio Vargas (FGV) participou de discussões na etapa de transição para o governo Bolsonaro. Em nota divulgada nesta terça, Rodrigues que pretende “melhorar a qualidade, aumentar a confiança e diminuir os custos para que o Inep consolide sua excelência em avaliação, estatísticas e estudos educacionais”.

 

Importação suspensa

A Arábia Saudita, maior importadora de carne de frango do Brasil, suspendeu suas compras em cinco frigoríficos da lista dos exportadores brasileiros para o país árabe. Atualmente, embora existam 67 frigoríficos brasileiros autorizados a exportar para a Arábia Saudita, 30 deles efetivamente exportam aves para o país árabe. Com a suspensão dos cinco frigoríficos, 25 ainda continuarão prestando o serviço. A suspensão chega em um cenário em que o governo brasileiro demonstra interesse em transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, o que pode gerar diversas barreiras econômicas, sendo a suspensão de importações brasileiras um dos primeiros focos. As ações da fabricante de alimentos BRF caíram 5% ontem, como consequência da decisão.

Transexuais nas forças armadas

A Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou nesta terça-feira, 22, uma liminar expedida pela justiça do Estado da Califórnia que permitia a pessoas transexuais servir nas Forças Armadas norte-americanas. Com a suspensão da liminar, o decreto do Presidente Donald Trump que impede transgêneros de participar das forças armadas entra em vigor, ao menos até o final da batalha judicial.

 

Rússia e Japão negociam

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, se reuniram nesta terça-feira, 22 no Kremlin, sede do governo russo. A conversa foi para negociar a assinatura de um tratado de paz pendente desde a Segunda Guerra Mundial e a disputa territorial das ilhas Curilas. Os dois países têm diferenças sobre a resolução do litígio das quatro ilhas Curilas do Sul (Iturup, Shikotan, Habomai e Kunashir), reivindicadas por Tóquio e sob controle russo desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Nos últimos dias, protestos contra a possível cessão das ilhas Curilas a Tóquio aconteceram na Rússia.

 

Caso Ghosn

O ex-presidente brasileiro da Nissan, Carlos Ghosn, teve mais um pedido de fiança negado pela justiça do Japão. O tribunal de Tóquio, que está investigando o caso, rejeitou nesta terça-feira, 22, a liberdade ao empresário mediante pagamento de fiança, fazendo com que ele permaneça preso por supostas irregularidades fiscais. É a segunda vez que o juiz rejeita o pedido, que a defesa de Ghosn apresentou na última sexta-feira após uma primeira negativa, onde o tribunal alegou o risco de fuga e destruição de provas por parte do acusado como argumentos para rejeitá-la.

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