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Lobão anuncia Flávio Decat para presidência de Furnas

Decat foi convidado pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão: anúncio de que Flávio Decat assumirá Furnas (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão: anúncio de que Flávio Decat assumirá Furnas (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 17h10.

Brasília - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou que Flávio Decat foi convidado pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff hoje para assumir a presidência de Furnas. Participaram das conversas para definir o nome, que tem sido questionado pelo PMDB, o vice-presidente Michel Temer, que é presidente licenciado do partido, os ministros Antonio Palocci (Casa Civil) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais), além de Dilma e Lobão.

Segundo Lobão, "não há o que se dizer contra ele, que é um técnico que já trabalhou no sistema elétrico". Ao ser questionado sobre a insatisfação do PMDB com esse nome, Lobão disse que Flávio Decat vai ter uma "conversa civilizada" com o vice-presidente Temer. O ministro afirmou ainda que vai ter novas conversas com Decat e com o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves.

De acordo com Lobão, Decat vai pedir que todos os diretores de Furnas coloquem seus cargos à disposição, mas avisou que isso não significa que todos estejam demitidos. Isso é necessário, segundo ele, "porque estamos num novo governo e é preciso para que ele (Lobão) junto com Decat conversem e definam os nomes".

Sobre a possibilidade de o presidente da Eletrobras, José Antônio Muniz, continuar no cargo, Lobão respondeu: "Não diria que se abre caminho para isso. Ele já foi presidente da Eletronorte, está na Eletrobras, mas não está definido se vai permanecer ou vai para outro cargo".

Lobão reconheceu que o anúncio do nome de Decat para Furnas em primeiro lugar à frente de outros órgãos do setor se deve à polêmica causada pelo noticiário. Avisou, no entanto, que essa é a primeira nomeação e que as outras virão em seguida, mas não quis fixar prazo, dizendo que podem demorar três dias, uma semana ou até mais. Ele disse que, daqui para frente, serão tratados os nomes dos indicados para os outros cargos do setor elétrico.

Perguntado se ele (Lobão) foi o responsável pela indicação de Decat, o ministro hesitou e depois respondeu que foi "consenso". Lembrou, em seguida, que a presidente Dilma conhece Decat, que ela endossou o nome dele e que na época da nomeação de Decat para uma diretoria da Eletronorte, ela participou, como ministra dessa escolha.

Sobre a reação do PMDB em relação ao nome de Decat, o ministro disse: "Não conheço reação". " O vice-presidente tem conversado comigo, com a presidente Dilma e com o Palocci sobre essas questões", completou. A respeito da ameaça de uma CPI sobre Furnas no Congresso, Lobão minimizou: "Não creio que seja necessário CPI. Embora comissões parlamentares sejam uma das mais belas instituições da democracia. Não há crise no setor". O ministro Lobão insistiu que várias conversas continuarão com o PMDB.

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