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Flávio Bolsonaro diz desconhecer vazamento de operação que mirou Queiroz

Suspeitas envolvendo o vazamento da investigação surgiram de entrevista do empresário Paulo Marinho, ex-aliado do senador

Flávio Bolsonaro: senador foi ouvido em investigação aberta pelo Ministério Público Federal sobre o caso (Roque de Sá/Agência Senado)

Flávio Bolsonaro: senador foi ouvido em investigação aberta pelo Ministério Público Federal sobre o caso (Roque de Sá/Agência Senado)

AO

Agência O Globo

Publicado em 20 de julho de 2020 às 17h43.

Última atualização em 20 de julho de 2020 às 17h56.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) prestou depoimento nesta segunda-feira e afirmou desconhecer vazamento de informações da operação policial que detectou movimentação financeira atípica de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

Flávio foi ouvido no gabinete dele no Senado pelo procurador Eduardo Benones, do Ministério Público Federal do Rio, que conduz a investigação sobre o caso. Estava acompanhado de sua advogada Luciana Pires, que assumiu a defesa do senador em todas as investigações da qual é alvo, após a saída do advogado Frederick Wassef.

"Ele afirmou categoricamente que as informações da Operação Furna da Onça nunca chegaram ao conhecimento dele", disse a advogada, na saída do depoimento.

As suspeitas envolvendo o vazamento da investigação surgiram de entrevista do empresário Paulo Marinho, ex-aliado do senador. Marinho afirmou que um policial federal avisou Flávio que Queiroz estava na mira das investigações da Operação Furna da Onça.

Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) obtido na operação detectou movimentações atípicas na conta de Queiroz e apontou suspeita de um esquema de devolução de salários dos funcionários do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, prática conhecida como "rachadinha".

Paulo Marinho também contou que Flávio demitiu Queiroz no dia 15 de outubro de 2018, justamente após ter conhecimento de que o então assessor era alvo de investigações.

Queiroz já prestou depoimento neste caso e também disse desconhecer o vazamento. O ex-assessor afirmou que ele próprio pediu para sair do cargo que ocupava no gabinete de Flávio Bolsonaro, por estar "cansado" e para cuidar da saúde.

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