Brasil

Fiscais de São Paulo marcam greve para abertura da Copa

Os cerca de 400 agentes vistores da Prefeitura de São Paulo decidiram entrar em greve a partir do dia 12, data do jogo de abertura entre Brasil e Croácia


	Itaquerão: fiscalização ao redor do estádio deve ficar comprometida na Copa do Mundo
 (Rodrigo Coca/ Assessoria de imprensa do Corinthians)

Itaquerão: fiscalização ao redor do estádio deve ficar comprometida na Copa do Mundo (Rodrigo Coca/ Assessoria de imprensa do Corinthians)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2014 às 15h46.

São Paulo - A fiscalização do comércio ambulante irregular e do marketing "clandestino" ao redor da Arena Corinthians, o Itaquerão, deve ficar comprometida na Copa do Mundo.

Os cerca de 400 agentes vistores da Prefeitura de São Paulo decidiram entrar em greve a partir do dia 12, data do jogo de abertura entre Brasil e Croácia, no estádio da zona leste da capital.

Em ofício enviado ao prefeito Fernando Haddad (PT) nessa quinta-feira, 05, o Sindicato dos Agentes Vistores e Agentes de Apoio Fiscal do Município de São Paulo (Sivam) afirma que após um ano de negociação com a gestão petista por melhores salários e pela abertura de concursos públicos não obteve nenhuma resposta.

"O histórico expõe e comprova, de forma inequívoca, a posição intransigente da administração da Prefeitura de São Paulo em relação à garantia de reposição das perdas salariais, revisão da lei salarial em vigor e reestruturação da carreira dos agentes vistores", afirma o sindicato.

"Reiteradas vezes temos denunciado que a fiscalização da cidade está agonizante. Encontra-se frágil, sem estrutura, desmotivada e vivendo insegurança jurídica", completa.

Segundo a presidente do Sivam, Claret Alves Fortunato, a categoria estava escalada para trabalhar durante a Copa do Mundo na capital na repressão ao comércio ambulante irregular e ao marketing clandestino de empresas que não patrocinadoras oficiais da Copa, além da fiscalização do Programa de Silêncio Urbano (PSIU) e de obras.

"O governo montou essa mesa de negociação há mais de um ano com todas as categorias, mas foi deixando o agente vistor para o final. Estamos há 12 anos sem concurso e desde 2007 não temos reajuste salarial. Apresentamos uma proposta de reestruturação da carreira e fomos informados que as negociações foram encerradas e que eles não tinham nada para propor. Ele não atende o mínimo de reivindicação e ainda passa mais tarefa", critica Claret.

Procuradas, as secretarias municipais de Planejamento, que negociou com o sindicato, e de Coordenação das Subprefeituras, que controla o trabalho dos ficais, não se manifestaram.

Acompanhe tudo sobre:ComércioCopa do MundoDireitos trabalhistasEsportesFiscalizaçãoFutebolItaquerão

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP