Brasil

Fipe prevê inflação de 0,58% em SP em outubro

Aumento dos alimentos pode levar entidade a aumentar a previsão de inflação para o ano

A forte alta dos alimentos puxou para cima a inflação na primeira quadrissemana de outubro (Arquivo)

A forte alta dos alimentos puxou para cima a inflação na primeira quadrissemana de outubro (Arquivo)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 13h01.

São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Antonio Evaldo Comune, elevou hoje sua projeção para o indicador no fim deste mês, de 0,36% para 0,58%. "A forte acelerada dos alimentos na primeira quadrissemana fez com que revisássemos nossa estimativa para o mês", explicou o economista.

"Se confirmada essa projeção, teremos de revisar também, ao final de outubro, nossa estimativa para o encerramento do ano", acrescentou. Atualmente, a Fipe projeta para o IPC, que mede a inflação na cidade de São Paulo, uma alta de 5% em 2010.

A variação de 0,76% registrada pelo IPC na primeira quadrissemana de outubro, anunciada hoje pela Fipe, representou forte aceleração frente à inflação de 0,53% do fechamento de setembro. Comune chamou atenção para o fato de que apenas cinco itens dentro de Alimentação responderam, juntos, por 48% da alta total do IPC na primeira quadrissemana deste mês. Foram eles carnes bovinas (contribuição de 20%), frango (10%), pão (7%), feijão (7%) e laranja (4%).

"Trata-se basicamente de uma inflação de Alimentação", comentou Comune. O grupo como um todo variou 2,24% na primeira quadrissemana, acelerando-se frente à alta de 1,57% do fim de setembro. A oferta de carne, segundo ele, é prejudicada pelo impacto do tempo seco sobre os pastos, enquanto a alta do preço do milho e do trigo nos mercados internacionais pressiona o frango e o pão, respectivamente.

"Não acredito, no entanto, que a pressão sobre as carnes tenha muito fôlego", disse Comune. "Logo deve voltar a chover e o pasto voltará a ficar bom", comentou. "Já a trajetória do preço dos grãos no mercado internacional é mais difícil de prever, porque depende de questões como safra, estoques e negociações", acrescentou. Curiosamente, os maiores alívios para a inflação na primeira quadrissemana de outubro vieram também do grupo Alimentação, principalmente de itens in natura, como mamão, cebola e chuchu.

Leia mais sobre inflação

Siga as últimas notícias de Economia no Twitter

 

Acompanhe tudo sobre:Alimentoscidades-brasileirasInflaçãoMetrópoles globaisSão Paulo capitalTrigo

Mais de Brasil

Donald Trump mira e a 25 de Março reage: como comerciantes avaliam investigação dos EUA

Bolsonaro será preso? Entenda os próximos passos do processo no STF

Eduardo Bolsonaro celebra decisão do governo Trump de proibir entrada de Moraes nos EUA

Operação da PF contra Bolsonaro traz preocupação sobre negociação entre Brasil e EUA, diz pesquisa