Fiocruz: a direção fala sobre a dificuldade em manter a unidade educacional aberta, uma vez que a escola faz parte do território de Manguinhos, onde a violência é constante (Divulgação/Divulgação)
Agência Brasil
Publicado em 19 de abril de 2017 às 15h38.
A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (EPSJV/Fiocruz), suspendeu todas as atividades de ensino até a próxima terça-feira (25), devido à violência constante e aos conflitos armados registrados na região de Manguinhos, zona norte do Rio de Janeiro, onde está situada.
A decisão foi tomada ontem (18), em assembleia.
Em nota divulgada hoje (19), na página da EPSJV, a direção fala sobre a dificuldade em manter a unidade educacional aberta, uma vez que a escola, assim como a Fundação Oswaldo Cruz, fazem parte do território de Manguinhos, onde a violência é constante.
"Neste momento, temos vivido uma grave situação de conflito armado. Incursões policiais, em qualquer dia e horário, têm provocado trocas de tiros que trazem riscos à integridade da saúde de trabalhadores e estudantes. Assim, nossas atividades rotineiras, sobretudo as de ensino, têm sido frequentemente interrompidas".
A direção da EPSJV afirma que tem efetuado esforços dentro e fora da unidade, com ações específicas, visando garantir a segurança de todos nas situações de conflito. "Essas definições, que chamamos de plano de contingência, são organizadas junto à equipe de segurança da Fiocruz. Várias medidas vêm sendo postas em prática e trataremos delas nas reuniões", diz a nota.
Nos dias 24 e 25, em horários variados, ocorrerão encontros com pais e responsáveis dos alunos do ensino médio para informar as providências referentes à segurança que vêm sendo tomadas pela EPSJV e pela Fiocruz. Também na terça-feira (25), está programada uma manifestação de protesto contra a violência em Manguinhos, com início de concentração às 9h, na Escola Politécnica.