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Fiocruz: "Sem SUS e conhecimento científico vacinação não seria possível"

É no conhecimento científico que se encontra o caminho de continuidade e sustentação da vacinação", disse Nísia Trindade, presidente da Fiocruz

Laboratório da Fiocruz: instituição pública é parceira da AstraZeneca na produção da vacina contra covid-19 (Peter Ilicciev/Fiocruz/Agência Brasil)

Laboratório da Fiocruz: instituição pública é parceira da AstraZeneca na produção da vacina contra covid-19 (Peter Ilicciev/Fiocruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de janeiro de 2021 às 19h42.

Última atualização em 23 de janeiro de 2021 às 19h43.

A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, afirmou que a vacina contra a Covid-19 que está sendo produzida na instituição "em breve poderá ser totalmente nacionalizada", ou seja, não dependerá mais da aprovação de países fornecedores para serem fornecidas à população brasileira.

Neste sábado, saíram da sede da Fiocruz, no Rio, 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pelo laboratório Astrazeneca e pela Universidade de Oxford, parceiros da fundação na produção da imunização brasileira. Os caminhões com as doses deixaram a sede da fundação em direção ao departamento de logística do Ministério da Saúde para que sejam distribuídas aos Estados. A cidade de Manaus, que passa por um colapso no seu sistema de saúde, terá prioridade e ficará com 5% do total das doses.

"É uma esperança que vem da ciência, do esforço da tecnologia e da inovação do País. Sem o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Programa Nacional de Imunizações (PIN) nada seria possível. É no conhecimento científico que se encontra o caminho de continuidade e sustentação da vacinação", afirmou Nísia Trindade durante a cerimônia que marcou o início da distribuição da vacina AstraZeneca/Oxford.

Ela acrescentou ainda que crises como a atual devem ser vistas como um caminho de aprendizado e de fortalecimento das instituições e da democracia.

Concluída a cerimônia, foram feitas as primeiras vacinações, de dez trabalhadores da fundação, escolhidos por estarem na linha de frente do Centro Hospitalar Covid-19 e de pesquisas.

Os primeiros foram o infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Estevão Portela, e a médica pneumologista do Centro de Referência Professor Helio Fraga, da Fiocruz, Margareth Dalcolmo. Ambos têm atuado na linha de frente da assistência a pacientes de Covid-19 desde o início da pandemia.

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