Brasil

Fiocruz segue sem data para início de produção da vacina no Brasil

Na semana passada, diversas reuniões entre o governo brasileiro e o embaixador chinês no Brasil foram realizadas para adiantar o processo de liberação de insumos

Vacina produzida pela AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz e Oxford. (Anthony Devlin/Getty Images)

Vacina produzida pela AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz e Oxford. (Anthony Devlin/Getty Images)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 27 de janeiro de 2021 às 16h57.

Última atualização em 27 de janeiro de 2021 às 17h50.

A Fiocruz ainda não sabe quando vai receber o insumo para iniciar a produção da vacina contra a covid-19 no Brasil. De acordo com a entidade, o atraso terá impacto no cronograma de produção da vacina, que tinha previsão inicial de liberar os primeiros lotes ao Ministério da Saúde entre os dias 8 e 12 de fevereiro.

Cerca de 7,5 milhões de litros do chamado Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) estão prontos para o embarque na China, e só aguardam a liberação do governo chinês.

Na semana passada, diversas reuniões entre o governo brasileiro e o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, foram realizadas para adiantar o processo de liberação, que contemplava também o envio de matéria-prima ao Instituto Butantan. O instituto paulista vai começar a receber o primeiro carregamento na semana que vem.

Segundo a Fiocruz, todas as instalações estão prontas para iniciar a produção, mas ainda depende da chegada do IFA. No acordo com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford, está previsto o envio de 14 lotes de 7,5 milhões de doses, com intervalo de duas semanas entre cada remessa, totalizando o fornecimento de insumo para a produção de 100,4 milhões de doses.

“Ainda que sejam necessários ajustes no início do cronograma de produção inicialmente pactuado, a Fiocruz segue com o compromisso de entregar 50 milhões de doses até abril deste ano, 100,4 milhões até julho e mais 110 milhões ao longo do segundo semestre, totalizando 210,4 milhões de vacinas em 2021”, diz a fundação.

Há dez dias a Fiocruz já tinha informado que, devido ao atraso na importação do IFA, as primeiras doses da vacina contra o coronavírus só ficariam prontas para entrar no Programa Nacional de Imunizações em março.

Uma tentativa para adiantar as entregas ao Ministério da Saúde é a importação de 10 milhões de doses de vacina pronta, que se somariam às 2 milhões já entregues ao governo federal. Este novo pacote ainda está em negociação.

Acompanhe tudo sobre:Chinavacina contra coronavírusFiocruzInstituto Butantan

Mais de Brasil

Lula veta mudanças na Lei da Ficha Limpa que reduziam tempo de inelegibilidade

Governo de SP investiga venda de bebidas adulteradas em bares na Mooca e no Jardins

Bolsonaro pode voltar ao hospital por crise de soluços, diz família

Fux decide que número de deputados por estado permanece o mesmo em 2026