Brasil

Fiocruz pretende importar mais 10 mi de doses de vacinas prontas contra covid-19

As doses da vacina de AstraZeneca/Oxford começaram a ser distribuídas neste fim de semana, mas serão insuficientes sem a fabricação própria da Fiocruz

Vacinação com a vacina de AstraZeneca/Oxford, no Rio: duas milhões de doses chegaram da Índia no fim de semana (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Vacinação com a vacina de AstraZeneca/Oxford, no Rio: duas milhões de doses chegaram da Índia no fim de semana (Tomaz Silva/Agência Brasil)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 25 de janeiro de 2021 às 12h29.

Última atualização em 25 de janeiro de 2021 às 12h33.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pretende importar mais 10 milhões de doses de vacinas prontas como forma de contornar o atraso da chegada dos insumos para a produção da vacina de AstraZeneca/Oxford no Brasil. Prevista inicialmente para chegar ao país ainda este mês, a matéria-prima vinda da China só deverá estar à disposição da Fundação na segunda semana de fevereiro.

As 10 milhões de novas doses se juntariam às duas milhões que chegaram da Índia na sexta-feira passada, dia 22. O novo lote do imunizante ainda está em negociação, e por isso ainda não há uma data definida de quando ele chegará ao Brasil.

O primeiro lote de doses prontas veio do Instituto Serum, na Índia, que, como a Fiocruz, é parceiro da AstraZeneca na produção. As primeiras pessoas foram vacinas com essa vacina no Rio de Janeiro no sábado, 23.

A falta de vacinas é um desafio para a campanha de imunização no país. Apesar de a previsão mais recente apontar que a chegada dos insumos à Fiocruz aconteça a partir de 8 de fevereiro, a fundação só poderá liberar as vacinas cerca de três semanas depois, já que existe a necessidade de se fazerem testes.

O insumo vindo da China -- o chamado IFA -- será importante para que a Fiocruz possa misturar e envasar novas doses diretamente no Brasil. Em uma terceira etapa, por fim, a instituição planeja fabricar o próprio insumo.

Está prevista a compra de 15 milhões de doses de IFA por mês em dois lotes, com intervalo de duas semanas entre eles, segundo informou a Fiocruz no sábado, 23. No futuro, o processo de produção brasileiro das vacinas seja acelerado quando a Fiocruz adaptar suas linhas de produção para fabricar o IFA da vacina diretamente.

A expectativa é fabricar o primeiro insumo nacionalmente em abril deste ano e ter 100,4 milhões de doses da vacina até julho. Até o fim do ano, devem ser disponibilizados mais 110 milhões.

Acompanhe tudo sobre:AstraZenecaFiocruzvacina contra coronavírusVacinas

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas