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Fiocruz inicia produção 100% nacional da vacina AstraZeneca

Fundação estima que doses estejam disponíveis para aplicação somente no quarto trimestre de 2021; Anvisa ainda precisa dar aval às doses totalmente brasileiras

Vacina 100% brasileira ainda está em estágio inicial e depende de aval da Anvisa (Ricardo Moraes/Reuters)

Vacina 100% brasileira ainda está em estágio inicial e depende de aval da Anvisa (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2021 às 20h58.

Última atualização em 30 de julho de 2021 às 21h05.

A Fiocruz anunciou nesta sexta-feira o início da produção 100% nacional da vacina de Oxford/AstraZeneca. Por enquanto, o primeiro lote está em fase de pré-validação com o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) produzido em Bio-Manguinhos.

E o que isso quer dizer? Que o lote está em uma etapa bastante inicial, em que células que vão compor a vacina foram descongeladas e estão sendo multiplicadas em laboratório. Depois dessa divisão, eles devem ser infectadas com o vírus da covid-19 modificado e seguirem para etapas de purificação e classificação.

Ao todo, são sete fases, como mostra o infográfico abaixo, divulgado pela Fiocruz.

(Fiocruz/Divulgação)

Depois de todas essas etapas, os dois lotes de pré-validação e três de validação devem passar por testes de controle de qualidade em Bio-Manguinhos e junto à AstraZeneca. O objetivo é verificar a comparabilidade do material nacional em relação ao produzido com IFA estrangeiro.

Depois disso, a vacina deve seguir para o aval da Anvisa, com documentos como a alteração no local de produção do IFA. A previsão é a de que, se tudo correr como a Fiocruz planeja, as doses produzidas no Brasil estejam disponíveis somente no último trimestre de 2021.

Vale lembrar que os bancos de células e de vírus, usados para a produção do IFA nacional, chegaram ao Brasil no início de junho. O material veio dos Estados Unidos, mantido a uma temperatura de -150°C (no caso das célular) e de -80°C, no caso do vírus. 

“Bio-Manguinhos tem uma longa tradição de transferência de tecnologia, que chega a hoje a esse marco significativo. Com essas entregas esperamos dar mais essa contribuição ao país e ao [Programa Nacional de Imunizações] PNI e também ao esforço global de superação da pandemia”, disse a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, à época.

O que acontece até lá?

Até à distribuição da vacina 100% nacional, a Fundação continuará trabalhando com o IFA importado para a fabricação do imunizante, aplicado em metade das pessoas vacinadas no Brasil.

Até hoje, a Fiocruz já entregou 80,4 milhões de doses da vacina da AstraZeneca ao Plano Nacional de Imunização, com as 2,2 milhões de doses entregues nesta sexta-feira. Desse total, mais de 76 milhões de doses foram processadas pela Fiocruz, a partir do IFA estrangeiro.

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