Brasil

Final da Copa foi vista por mais de 1 bilhão de pessoas

Dados foram divulgados nesta terça pela Fifa, que revelou que Mundial foi marcado por superar todos os recordes em termos financeiros, de público e de dimensões


	Copa: 14 milhões de postos de trabalho foram criados no Brasil nos últimos anos pelo evento, diz FGV
 (Adrian Dennis/AFP Photo)

Copa: 14 milhões de postos de trabalho foram criados no Brasil nos últimos anos pelo evento, diz FGV (Adrian Dennis/AFP Photo)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 15h59.

Genebra - A final da Copa do Mundo no Brasil foi vista por mais de 1 bilhão de pessoas no mundo, batendo todos os recordes de um evento internacional da história. Os dados foram divulgados nesta terça-feira em Zurique pela Fifa, que revelou que o Mundial foi marcado por superar todos os recordes em termos financeiros, de público e de dimensões.

A entidade admite que ainda não compilou todos os dados em termos de audiência para a Copa.

Mas já indicou que os números superaram a Copa de 2010 e baterão um recorde.

Só na decisão entre Argentina e Alemanha, a audiência foi equivalente a 13 mil Maracanãs lotados.

O torneio bateu todos os recordes de audiência em países como Alemanha, Holanda, Estados Unidos e Bélgica.

Na Alemanha, a final foi o evento mais visto da história da TV local, com 34,7 milhões de pessoas.

Na rede social Facebook, 451 milhões de pessoas usaram o conteúdo social da Fifa durante a Copa.

Usando números da FGV, a entidade declarou nesta terça-feira em Zurique que um total de 14 milhões de postos de trabalho foram criados no Brasil nos últimos anos por conta da Copa.

Os investimentos feitos no evento geraram aos cofres públicos nacionais US$ 7,2 bilhões em impostos pagos por operadores, empresas e torcedores.

A Fifa teve uma renda recorde na Copa, com um total de US$ 4,5 bilhões para os seus cofres. A entidade, por um acordo, não paga impostos nem no Brasil e nem na Suíça, sua sede.

Em sua avaliação, a Fifa não explica que esses investimentos foram em grande parte feitos pelo próprio País e com dinheiro público.

A entidade está reunida nesta semana em Zurique, no primeiro encontro de sua cúpula depois da Copa.

Num esforço para defender seu legado no Brasil, indicou que investiu mais de US$ 850 milhões na organização do evento e que gastou mais de R$ 500 milhões apenas em noites de hotel. Os organizadores pegaram 12 mil voos em dois anos.

A Fifa voltou a lembrar que prometeu US$ 100 milhões para o desenvolvimento do futebol no Brasil e que 14 milhões de postos de trabalho foram criados em quatro anos "por causa da Copa do Mundo".

Apenas no setor de serviços de alimentação dos estádios a Copa gerou 15 mil empregos, além de 1,2 mil nas lojas. Dezessete mil pessoas trabalharam na área de hospitalidade e 29 mil trabalhadores atuaram em serviços terceirizados. No setor do transporte foram 3,1 mil motoristas empregados.

DIMENSÕES - Numa Copa de todos os recordes, a Fifa ainda apontou que as equipes viajaram 280 mil quilômetros, o equivalente a sete voltas pelo mundo.

Dentro da entidade, não são poucos os que dizem que jamais repetirão esse modelo. Apenas entre jogadores e funcionários, foram mais de 18 mil passageiros transportados pelo Brasil.

O público total chegou a 3,4 milhões de pessoas nos 64 jogos, com a venda de 3,1 milhões de ingressos.

Os norte-americanos foram os turistas estrangeiros que mais viajaram ao Brasil, com 200 mil torcedores. A operação da Copa ainda exigiu 1,4 mil carros oficiais e 422 ônibus.

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