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Filho de Lula não quer depor para Moro em 7 de maio

Fábio Luis Lula da Silva argumenta que a decisão do STF, de retirar os trechos da delação do juiz, elimina sua "competência para processar e julgar a ação"

Lula: a videoconferência marcada é para falar sobre as reformas feitas pela Odebrecht no sítio de Atibaia (SP) (Ueslei Marcelino/Reuters)

Lula: a videoconferência marcada é para falar sobre as reformas feitas pela Odebrecht no sítio de Atibaia (SP) (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de abril de 2018 às 11h05.

Última atualização em 27 de abril de 2018 às 11h28.

São Paulo e Curitib - Filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, enviou ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, pedido de dispensa de audiência no dia 7 de maio. A videoconferência marcada é para falar sobre as reformas feitas pela Odebrecht no sítio de Atibaia (SP).

No pedido, encaminhando nesta quinta-feira, 26, a defesa de Lulinha ressalta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de retirar os trechos da delação da alçada de Moro, que não teria mais "competência para processar e julgar a presente ação". "Este requerimento é dirigido a essa unidade judiciária para que possa ser apreciado, oportunamente, pelo juízo competente", traz a peça.

Além disso, a defesa evoca o artigo 206 do Código de Processo Penal. "A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias."

Lula foi denunciado pelo Ministério Público Federal por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do Sítio de Atibaia. Além dele, respondem outras 12 pessoas. A denúncia atribuiu ao petista "propina para o seu benefício próprio consistente em obras e benfeitorias relativas ao sítio de Atibaia custeadas ocultamente pelas empresas Schahin, Odebrecht e OAS".

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