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Fila de aviões até fora do pico em Guarulhos, SP

Congonhas também ficou fechado durante a tarde por causa da chuva

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2012 às 09h32.

São Paulo - Um “engarrafamento” de aeronaves provocou transtornos para quem viajou hoje à tarde a partir do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, Grande São Paulo. Pelo menos 26 voos programados para sair entre 12h50 e 16h sofreram atrasos em cascata, formando uma fila de espera para decolar que deixou passageiros dentro dos aviões por mais de três horas.

As justificativas são duas: o mau tempo e uma inspeção de rotina da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) nas pistas de Cumbica, que teria prejudicado o andamento das decolagens.

Congonhas também ficou fechado durante a tarde por causa da chuva.

O voo 3360 da TAM para Belo Horizonte foi um dos que ficaram horas na fila para decolar mesmo quando a chuva já não era mais empecilho. O avião, que deveria ter saído de Cumbica às 12h55, só decolou mais de três horas depois, às 16h13. O avião chegou a se posicionar para a decolagem na cabeceira da pista, mas retornou por causa do mau tempo em rota.

Uma hora depois, uma van foi buscar passageiros idosos que estavam se sentindo mal dentro da aeronave. Com fome, algumas pessoas abordaram os comissários para pedir comida, mas só havia saquinhos de amendoim de 30 gramas. Já depois das 15h, o comandante chegou a pedir um “incremento” no serviço de bordo, que não chegou a tempo.

Questionadas, TAM e Infraero deram versões diferentes para o transtorno. A empresa disse que, além da chuva, uma inspeção realizada pela Infraero no sistema de pistas de Cumbica entre 11h e 15h teria atrapalhado as decolagens nesse intervalo.

A Infraero diz que realiza inspeções rotineiras nas pistas de Cumbica às 6h, 13h, 19h e 1h, fora do horário de pico, e que as de hoje aconteceram “dentro da normalidade”. Diz ainda que essas vistorias são especialmente importantes em dias de chuva, como hoje.

Mas o gargalo de infraestrutura foi determinante para prolongar ainda mais o transtorno dos passageiros: antes das 15h, que é considerado um horário tranquilo, todas as 75 posições de estacionamento de aviões estavam ocupadas e havia outras dez aeronaves paradas nas pistas de taxiamento, esperando na “fila” a autorização de decolagem.

Não somente os voos da TAM foram prejudicados. A Gol afirma que as más condições meteorológicas causaram a “suspensão temporária” das operações nos aeroportos de São Paulo. Pelo Twitter, uma passageira da companhia, Mariana Camargo (@macamargo7), questionou: “Alguém sabe por que os aviões da Gol não estão saindo de Cumbica, mas os outros estão?”. DanielMuller (@danielmullercvm) relatava “caos total no Aeroporto de Guarulhos”.

A Infraero disse que, durante o período de fila, algumas poucas aeronaves conseguiram decolar e os pousos aconteciam normalmente - o problema de mau tempo era maior na pista de decolagem do que na de pouso.

Assistência - Dias como hoje mostram o descaso das companhias em relação à Resolução 141 da Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac). Passageiros do voo 3360 da TAM passaram três horas dentro do avião sem assistência - a resolução diz que, em casos de atraso superior a duas horas, a empresa aérea é obrigada a fornecer facilidades de comunicação (como ligação telefônica), acesso à internet e alimentação. A empresa não se manifestou.

A Gol diz que presta a assistência necessária de acordo com a Resolução 141, mas ressalta também que “alterações de horários de voos em virtude de más condições climáticas são procedimentos embora indesejados, às vezes necessários em operações aéreas para garantir a segurança de seus clientes e colaboradores”.

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