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CBF terá que mostrar suas contas à Fifa

A federação que não cumprir as novas medidas de controle financeiro da Fifa pode ser punida ou até excluída de competições


	CBF: a federação que não cumprir as novas medidas de controle financeiro da Fifa pode ser punida ou até excluída de competições
 (Divulgação/ CBF)

CBF: a federação que não cumprir as novas medidas de controle financeiro da Fifa pode ser punida ou até excluída de competições (Divulgação/ CBF)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2016 às 12h20.

Zurique - A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e as federações nacionais vão ser obrigadas a tornar públicas todas as auditorias realizadas sobre suas contas e, uma vez por ano, convocar uma auditoria independente para examiná-las.

Nesta quarta-feira, a Fifa aprovou as novas regras que estipulam um maior controle não apenas para seus números, mas também os das entidades nacionais. A federação que não cumprir pode ser punida ou até excluída de competições. A CBF, porém, terá até 2018 para se adequar.

As novas regras dependem de uma aprovação completa das reformas da entidade, na sexta-feira, para que entrem em vigor. A Fifa também vai exigir "ficha limpa" de qualquer dirigente que assuma algum cargo na entidade máxima do futebol.

Segundo fontes da Fifa, a proposta é de que as federações nacionais adotem as regras até 2018, sob a ameaça de serem suspensas. Hoje, 81% das 209 federações nacionais não apresentam seus registros financeiros ao público - 85% não publicam seus balanços financeiros. Além disso, 21% delas nem contam com websites.

Apenas 14 associações publicam informações suficientes sobre como gastam dinheiro, entre elas Canadá, Dinamarca, Inglaterra, Itália e Suécia. O Brasil não faz parte da lista.

Na CBF, porém, a cúpula garante que as auditorias não serão um problema, já que a auditoria Ernst & Young está analisando as contas da entidade. A Fifa deseja que os resultados se tornem públicos.

O controle ainda vale para o dinheiro enviado pela Fifa às federações nacionais para projetos de desenvolvimento, alvo de escândalos de corrupção nos últimos meses. O Estado obteve cópias dos formulários que terão de ser devolvidos até dia 31 de março pelas entidades locais.

A exigência também pede uma "carta independente assinada por auditor, os extratos das contas bancárias e quanto foi recebido e gasto no período".

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