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Fiesp vai criar Centro de Estudos sobre China

Segundo Paulo Skaf, o centro defenderá os interesses do Brasil como um todo, e não apenas da indústria brasileira

Até maio, a Fiesp pretende estruturar o centro e definir o local onde ele funcionará e a contratação de funcionários (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)

Até maio, a Fiesp pretende estruturar o centro e definir o local onde ele funcionará e a contratação de funcionários (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2011 às 18h48.

São Paulo - O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse hoje que a entidade pretende criar um Centro de Estudos sobre a China em parceria com o governo federal. Segundo Skaf, o centro defenderá os interesses do Brasil como um todo, e não apenas da indústria brasileira. O presidente da Fiesp disse que o Brasil tem superávit comercial em relação à China, mas considerando apenas os produtos manufaturados o déficit em 2010 foi de US$ 25 bilhões.

"Para este ano, a previsão de déficit com a China é de US$ 40 bilhões em manufaturados e o da balança comercial de manufaturados como um todo é de US$ 100 bilhões", afirmou, após participar na capital paulista de reunião do Conselho Superior Estratégico da Fiesp.

Até maio, a Fiesp pretende estruturar o centro e definir o local onde ele funcionará e a contratação de funcionários. "Temos de conhecer profundamente essa questão da China. É verdade que tem oportunidades, riscos e desafios, mas as discussões estão pouco ordenadas. O objetivo do centro será reunir estudiosos para termos uma estratégia para o Brasil", afirmou.

Para Skaf, o Brasil precisa definir uma estratégia para lidar com os interesses da China no País. "O Brasil precisa definir o que quer porque os chineses são assim: só fazem o que lhes interessa. Interessa para eles comprar matéria-prima do Brasil e vender produtos manufaturados, e é isso que eles fazem. Interessa para eles virem aqui e investir em áreas estratégicas. Interessa impedir que empresas brasileiras que invistam na China evoluam para situações inovadoras e de tecnologia de ponta", afirmou. "Não acho que estão errados, eles estão vendo o interesse deles. Falta o Brasil ver o seu interesse, e é isso que nós vamos formalizar e propor ao governo".

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