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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
São Paulo - O diretor do Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francine, afirmou hoje que o Indicador do Nível de Atividade (INA) da indústria paulista deve avançar perto de 11% neste ano.
A marca é menor que a da estimativa anterior, de avanço de 15%. De acordo com técnicos da entidade, a revisão foi feita devido à desaceleração da economia no segundo trimestre, que foi mais vigorosa que o esperado.
Em função do menor ritmo do Produto Interno Bruto (PIB) do trimestre passado, o INA de junho registrou queda de 0,6% ante maio, com ajuste sazonal, e retração de 0,3%, sem ajuste. Na avaliação de Francine, mesmo que a economia apresente um bom ritmo de expansão de agosto até dezembro será muito difícil que o INA supere a alta de 11% neste ano.
Embora avalie que o indicador deve apresentar avanços mensais entre 0,5% e 0,9% de agora até o fim do ano, ele ressaltou que, para atingir uma marca superior aos 11% em 2010, o índice precisaria subir pelo menos 1% ao mês até dezembro. "Isso será muito difícil de ocorrer", comentou o diretor.
Apesar do nível de atividade da economia apresentar um bom ritmo de alta, que leva o Ministério da Fazenda a prever que o PIB vai crescer 6,5% este ano, Francine observou que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) paulista apresenta patamares confortáveis. O Nuci caiu de 81,8% em junho para 81,5% em julho, com ajuste sazonal. Sem o ajuste, houve uma leve oscilação de 82,8% para 82,7%.
Francine apontou que há setores com produção em alta velocidade, como o que representa a fabricação de carvão coque, refino de petróleo, combustíveis nucleares e produção de álcool, que tem um Nuci de 98,2% em julho, pouco abaixo do 98,7% apurados em junho. Ele também destacou que o segmento produtor de veículos automotores tem um bom nível de utilidade. Porém, notou que o Nuci está, no geral, em patamares confortáveis.
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