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Fiesp: estoque industrial vai se equilibrar no trimestre

Segundo diretor da federação, volume de estoques é explicado pelo forte avanço do PIB no 1º semestre

Fábrica da Votorantim: estoques da indústria vêm apresentando crescimento desde o fim do 2º tri (Divulgação/Votorantim)

Fábrica da Votorantim: estoques da indústria vêm apresentando crescimento desde o fim do 2º tri (Divulgação/Votorantim)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, disse hoje que os estoques da indústria paulista estarão equilibrados no fim do terceiro trimestre. Segundo ele, a continuidade do avanço da demanda agregada entre julho e setembro será fundamental para deixar em níveis satisfatórios os armazéns de mercadorias do setor manufatureiro do Estado. "Ao final do terceiro trimestre, esse assunto estará resolvido e esquecido", comentou.

De acordo com o Sensor da Fiesp, os estoques vêm apresentando aumento desde o fim do segundo trimestre. O indicador relativo à situação dos armazéns de mercadorias das empresas atingiu 48,2 pontos em junho, próximo à marca de equilíbrio de 50 pontos. Porém, a partir de julho, os estoques aumentaram, o que levou o índice a registrar 47,6 pontos no primeiro mês do terceiro trimestre e 43,1 pontos em agosto. Quanto mais abaixo da marca de 50 pontos, maiores são os estoques indesejados dos empresários.

De acordo com Francini, o avanço dos estoques é explicado pelo fato de o Produto Interno Bruto (PIB) ter avançado fortemente no primeiro semestre do ano, quando cresceu 2,7% em relação ao trimestre anterior. De abril a junho, o nível de atividade desacelerou para um avanço de 1,2% ante o registrado entre janeiro e março. Segundo o dirigente da Fiesp, em geral o empresário tem um viés de produzir mais mercadorias do que precisa para vender do que menos, pois ele quer estar sempre preparado para atender aos movimentos de consumo.

Porém, Francini acredita que, em setembro, os armazéns das empresas voltarão a registrar volumes satisfatórios. "Estoque é como hematoma: se dissolve com o tempo", comparou. Ele ressaltou que os picos de produção da atividade industrial ocorrem nos meses de setembro e outubro, em função do atendimento das demandas dos clientes para as vendas de fim de ano.

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