Brasil

Fiesp elogia volta de Alckmin e recriação de ministério para indústria

Lula oficializou recriação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), com Alckmin à frente da pasta

Alckmin: ex-governador paulista acumulará os cargos de vice-presidente e ministro (WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO/Estadão Conteúdo)

Alckmin: ex-governador paulista acumulará os cargos de vice-presidente e ministro (WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO/Estadão Conteúdo)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 22 de dezembro de 2022 às 20h33.

Última atualização em 22 de dezembro de 2022 às 20h36.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) afirmou nesta quinta-feira, 22, que a nomeação de Geraldo Alckmin (PSB) para o Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio (MDIC) "evidencia a importância" que o governo eleito confere à reindustrialização.

Vice-presidente eleito na chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alckmin foi oficializado hoje como futuro ministro, em meio à recriação do MDIC.

"A recriação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, anunciada nesta quinta-feira, atende aos interesses maiores do país, considerando ser prioritária uma política industrial de longo prazo, que permita o fomento e a recuperação da competitividade no Brasil", disse a Fiesp em nota, assinada pelo presidente em exercício da instituição, Rafael Cervone.

O comunicado afirma que a instituição julga "pertinente" a recriação da pasta. "O novo governo, ao indicar como seu titular o vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin, evidencia a importância que está conferindo à reindustrialização", concluiu a nota.

O MDIC havia sido anexado ao "superministério" da Economia no governo do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Bolsonaro vinha cogitando recriar um ministério para a Indústria nos últimos meses, mas a ideia não foi adiante.

Alckmin foi governador de São Paulo por quatro mandatos, e tem relação próxima com a Fiesp. O nome de Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas (e filho do ex-vice de Lula, José Alencar), chegou a ser ventilado para o MDIC, mas Gomes negou o convite.

O empresário é oficialmente o atual presidente da Fiesp, mas está afastado em meio a embates com outros figurões da instituição, como o ex-presidente Paulo Skaf, que acusam ausências frequentes de Gomes — seu destino na instituição aguarda uma assembleia, prevista para janeiro.

Veja a nota da Fiesp na íntegra:

"A recriação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, anunciada nesta quinta-feira (22/12), atende aos interesses maiores do País, considerando ser prioritária uma política industrial de longo prazo, que permita o fomento e a recuperação da competitividade no Brasil. O setor, dentre todos, é o que apresenta o maior índice multiplicador econômico, promove inovação, sustentabilidade, tecnologia, gera empregos em grande escala, agrega valor à pauta de exportações e paga os melhores salários. A FIESP e o CIESP, que defendem uma política industrial moderna e eficaz como fator decisivo para a retomada do crescimento sustentado, entendem ser pertinente a recriação da pasta. Também consideram que o novo governo, ao indicar como seu titular o vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin, evidencia a importância que está conferindo à reindustrialização. Que sejam exitosas as políticas públicas nesse sentido."

Rafael Cervone
Presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP)
Presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

Acompanhe tudo sobre:FiespGeraldo AlckminGoverno LulaIndústria

Mais de Brasil

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe