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FHC pede voto "pró-democracia" com menção indireta contra Bolsonaro

O ex-presidente divulgou nota nesta quinta-feira, 22, defendendo o voto "pró-democracia" nestas eleições

Durante a palestra Brasil, Qual Será o Seu Futuro?, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou não ser pessimista em relação ao país. Segundo ele, o Brasil tem um "potencial enorme" (Wilson Dias/Agência Brasil) (Wilson Dias/Agência Brasil)

Durante a palestra Brasil, Qual Será o Seu Futuro?, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou não ser pessimista em relação ao país. Segundo ele, o Brasil tem um "potencial enorme" (Wilson Dias/Agência Brasil) (Wilson Dias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de setembro de 2022 às 13h50.

Última atualização em 22 de setembro de 2022 às 20h19.

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou nota nesta quinta-feira, 22, defendendo o voto "pró-democracia" nestas eleições. Nos últimos dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vinha tentando atrair o apoio do tucano para encorpar a tese do "voto útil", mas FHC optou por não mencionar nomes em sua nota pública. Oficialmente, seu partido apoia a candidatura de Simone Tebet (MDB).

A nota de FHC, indiretamente, faz menção contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao pedir que os eleitores escolham quem "defende direitos iguais para todos independentemente da raça, gênero e orientação sexual, se orgulha da diversidade cultural da nação brasileira, valoriza a educação e a ciência e está empenhado na preservação de nosso patrimônio ambiental". Esses são alguns dos principais temas que os opositores têm criticado a atuação de Bolsonaro no Palácio do Planalto.

Lula tem reunido políticos de diferentes espectros contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). O argumento do petista é de que ele é quem tem mais condições de derrotar o chefe do Executivo no primeiro turno, calcado nos resultados das pesquisas eleitorais. Nesta semana, Lula reuniu oito ex-candidatos à Presidência ao seu redor em uma foto, todos fazendo o "L" de sua campanha.

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Nesta quarta-feira, 21, um dos autores do pedido de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior desistiu da terceira via e anunciou apoio ao ex-presidente Lula no 1° turno.

O gesto de Reale, que foi ministro de Fernando Henrique Cardoso, se soma ao de outros quadros ligados ao PSDB, como o ex-ministro dos Direitos Humanos e da Justiça José Gregori, o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira e o diretor-geral da Fundação FHC, Sergio Fausto. Os apoios reforçam a estratégia de Lula de impulsionar o voto útil na reta final da campanha.

Miguel Reale Júnior, inclusive, gravou um vídeo em que pede voto no petista "para que o País não viva sobressaltos". O jurista também defende que com Lula não haverá mais "ameaça de golpe".

Leia a nota de FHC na íntegra:

"Como é do conhecimento público, tenho idade avançada e, embora não apresente nenhum problema grave de saúde, já não tenho mais energia para participar ativamente do debate político pré-eleitoral.

Peço aos eleitores que votem no dia 2 de outubro em quem tem compromisso com o combate à pobreza e à desigualdade, defende direitos iguais para todos independentemente da raça, gênero e orientação sexual, se orgulha da diversidade cultural da nação brasileira, valoriza a educação e a ciência e está empenhado na preservação de nosso patrimônio ambiental, no fortalecimento das instituições que asseguram nossas liberdades e no restabelecimento do papel histórico do Brasil no cenário internacional.

Fernando Henrique Cardoso,

Ex-presidente da República"

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