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FHC: ideia de 'refundar' Comunicações é 'pretensiosa'

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou o ministro Franklin Martins

FHC disse que Lula não começou o Brasil de novo (Branca Nunes/Veja)

FHC disse que Lula não começou o Brasil de novo (Branca Nunes/Veja)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 09h47.

São Paulo - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso considerou hoje "um tanto pretensiosa" a declaração dada ontem pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, de que o Ministério das Comunicações precisa ser "refundado" no Brasil. Antes de falar no Seminário Cultura/Liberdade de Imprensa, promovido pela TV Cultura, em São Paulo, Fernando Henrique afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem "mania de refundar tudo".

"É mania de refundar tudo. Lula não começou o Brasil de novo?", ironizou. "Agora todo mundo quer refundar. Isso é conversa, precisa melhorar, precisa aperfeiçoar. Agora, a expressão de refundar é um tanto pretensiosa", afirmou. O ex-presidente disse ainda que as declarações de Martins foram "um pouco impositivas". "Recentemente, eu li declarações do ministro Franklin Martins um pouco impositivas. Vai na marra? Não, não vai na marra, não. Tem de discutir", disse, referindo-se à proposta do ministro sobre a pasta das Comunicações.

FHC considerou ainda não ser positiva a ideia manifestada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de criar um índice de inflação que exclua preços mais voláteis, como os relativos a alimentos e energia. De acordo com o ex-presidente, a modificação cria a suspeita de que o indicador de inflação não a mede de fato. "Eu acho que aí começa a complicar as coisas", disse. "Aí fica a suspeita de que o índice de inflação não mede inflação, que há manipulação, que o governo vai interferir. Isso eu não acho positivo." FHC considerou que, quanto mais simples é um indicador, melhor.

Violência 

O tucano também voltou hoje a declarar que a violência no Rio de Janeiro é a reação de uma capital que está revoltada. "(A capital fluminense) Quer reagir contra esse clima que se criou de domínio territorial, que é inaceitável", afirmou. "É muito positivo que se reaja contra isso."

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