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FHC acha provável condenação de réus do mensalão

Ex-presidente lamentou que o julgamento do mensalão chame tanto a atenção da sociedade, uma vez que no país não há o costume de se julgar casos de corrupção


	"Pelo que vi é de tal maneira obvia, tanto o relator quanto o revisor ressaltaram tanto a infringência da lei, que não tem outro jeito (condenar)", avaliou FHC
 (Germano Luders/EXAME)

"Pelo que vi é de tal maneira obvia, tanto o relator quanto o revisor ressaltaram tanto a infringência da lei, que não tem outro jeito (condenar)", avaliou FHC (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 14h43.

São Paulo - O ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso avaliou nesta quinta-feira como provável a condenação de réus no processo conhecido como mensalão, em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), considerando os votos apresentados até agora pelos ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, relator e revisor, respectivamente, deste processo. "Pelo que vi é de tal maneira obvia, tanto o relator quanto o revisor ressaltaram tanto a infringência da lei, que não tem outro jeito (condenar)", avaliou o ex-presidente, após participar de um seminário sobre Planejamento Estratégico na Saúde Suplementar, nesta manhã em São Paulo.

A uma plateia de mais de 450 representantes do setor de saúde complementar, FHC lamentou que o julgamento do mensalão chame tanto a atenção da sociedade, uma vez que no país não há o costume de se julgar casos de corrupção. "Porque nunca se julgou nenhum." "Não temos o sentimento básico da democracia de que somos iguais perante a lei", criticou o ex-presidente.

Além de comentar sobre o mensalão, o tucano elogiou o fato de a presidente Dilma Rousseff ter sido considerada pela revista Forbes a terceira mulher mais poderosa do planeta. Para ele, a indicação se deve ao fato da importância do País no cenário internacional e também da influência da petista. "O Brasil é um País importante e ela tem uma liderança grande. Acho justo."

Apesar do elogio, FHC advertiu sobre a ausência de discussão no Brasil sobre os problemas enfrentados hoje na economia, em razão da crise mundial. "Temos de trombetear menos as nossas grandezas e olhar com mais cuidado os nossos deveres", alertou. Na sua opinião, a crise é um bom momento para analisar os rumos do País para que o Brasil não perca "a brecha da oportunidade". "Possibilidade de avançar, nós temos. Mas, não dormindo sobre louros."

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