Resultado confirma a tendência de maior volatilidade do indicador neste início de 2011 (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2011 às 09h31.
Rio de Janeiro - Uma piora na avaliação da demanda atual por empresários contribuiu para que o Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) caísse 1,9% entre fevereiro e março de 2011. O resultado só não foi pior graças às expectativas futuras de que a demanda do setor melhore nos próximos meses.
Em uma escala de 0 a 200 pontos, onde resultados abaixo de 100 pontos são considerados negativos e desempenhos próximos a 200 pontos são classificados como positivos, o ICS recuou de 133,9 para 131,3 pontos entre fevereiro e março.
A queda do Índice de Confiança em março ocorre após forte elevação observada em fevereiro (4,5%). Segundo a FGV, o resultado confirma a tendência de maior volatilidade do indicador neste início de ano.
A média do ICS no primeiro trimestre de 2011 ficou em 131,1 pontos, abaixo da média registrada no primeiro trimestre de 2010, de 132,5 pontos. Apesar da queda no mês, o ICS encontra-se ainda acima da média histórica iniciada em junho de 2008 (124,0 pontos).
Assim como o Índice de Confiança da Indústria (ICI) e o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também produzidos pela FGV, o ICS é dividido em dois subindicadores: o Índice da Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativas (IE).
Segundo a FGV, a volatilidade do início do ano decorre, principalmente, dos movimentos observados no Índice da Situação Atual, que oscilaram entre -12,2% em janeiro, 6,3% em fevereiro e -4,0% em março.
O quesito nível de demanda atual foi o que mais impactou negativamente o ISA, ao registrar recuo de 4,8% contra fevereiro, perdendo parte do aumento do mês anterior (10,0%). Das 2.241 empresas consultadas, 23,8% avaliam a demanda atual como forte, e 15,5%, como fraca. Em fevereiro, estas parcelas haviam sido de 25,9% e 12,1%, respectivamente.
Já o Índice de Expectativas (IE) apresentou uma ligeira redução, de 0,3%. A demanda prevista para os três meses seguintes foi o indicador que contrabalançou para que não houvesse uma queda ainda maior do IE, ao saltar de 145,8 para 147,5 pontos, o maior nível desde agosto de 2010 (147,5 pontos). A proporção de empresas que projetam aumento da demanda pelos seus serviços passou de 50,3% para 52,4%, enquanto aquelas que sinalizam redução, de 4,5% para 4,9%.