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Ferraço diz que repetiria retirada do senador boliviano

Segundo ele, a situação não poderia continuar a ser tratada conforme "ritmos e cânones diplomáticos", pois a vida de Molina “estava em jogo”


	Ricardo Ferraço (PMDB-ES): “A alternativa de desfecho para a grave situação [do senador] seria a sua morte, através de um infarte ou mesmo de um derrame ou, quem sabe, até mesmo de um suicídio", disse
 (Valter Campanato/ABr)

Ricardo Ferraço (PMDB-ES): “A alternativa de desfecho para a grave situação [do senador] seria a sua morte, através de um infarte ou mesmo de um derrame ou, quem sabe, até mesmo de um suicídio", disse (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 14h38.

Brasília – O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), explicou hoje (29) sua participação na operação de retirada do senador boliviano, Roger Pinto Molina, da embaixada brasileira e a vinda dele para o Brasil. Segundo ele, a vida de Molina “estava em jogo”.

“Era uma situação limite que não poderia continuar a ser tratada conforme ritmos e cânones diplomáticos, ao sabor das conveniências políticas, tornando-se apenas um item a mais da nossa agenda bilateral, sempre sujeita, durante mais de um ano, a ceder preferência para outras questões”, disse ele, ao lembrar que Molina ficou asilado por mais de 450 dias na sede diplomática do Brasil na Bolívia.

Mesmo ante todas as negativas de autoridades do governo brasileiro sobre as más condições do asilo, Ferraço voltou a afirmar que o senador boliviano estava submetido a condições de saúde física e mental próprias de um ser humano isolado sem direito a sol. Para Ferraço, a operação foi o desfecho possível.

“A alternativa de desfecho para a grave situação seria a sua morte, através de um infarte ou mesmo de um derrame ou, quem sabe, até mesmo de um suicídio, conforme relato e laudo do médico que esteve atendendo ao senador Molina na chancelaria do Brasil na Bolívia”, garantiu.

O parlamentar ainda acrescentou que, mesmo sem ter o solicitado salvo-conduto, a operação foi o mesmo que “salvar uma vida humana”, citando trecho da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que trata dos direitos de pessoas vítimas de perseguição.

“Eu repetiria quantas vezes fossem necessárias, minha modesta atuação no episódio”, completou. Ricardo Ferraço ainda pediu ao governo uma reconsideração sobre a situação de Eduardo Saboia, funcionário do Itamaraty que organizou a operação de transporte de Molina, para que não tenha sua carreira prejudicada.

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