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Fechamento de fábricas da Ford destoa da forte recuperação observada no país, diz Economia

Em nota, a pasta destacou que trabalha de forma intensa na redução do chamado "Custo Brasil", em uma tentativa de explicar a decisão da montadora de sair do país

A Ford informou que emprega 6.171 funcionários no Brasil -- boa parte deve ser afetada pela decisão da montadora, anunciada hoje (Germano Lüders/Exame)

A Ford informou que emprega 6.171 funcionários no Brasil -- boa parte deve ser afetada pela decisão da montadora, anunciada hoje (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 11 de janeiro de 2021 às 21h37.

Última atualização em 12 de janeiro de 2021 às 10h53.

O Ministério da Economia disse nesta segunda-feira que a decisão da Ford de fechar suas três fábricas no Brasil neste ano destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país após o fechamento da economia em decorrência da pandemia da Covid-19 no ano passado.

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Em nota, a pasta destacou que trabalha de forma intensa na redução do chamado "Custo Brasil". "Isto reforça a necessidade das medidas de melhoria do ambiente de negócios e de avançar nas reformas estruturais", afirmou o ministério.

Mais cedo nesta segunda-feira a Ford informou que interromperá de forma imediata a produção nas fábricas de Camaçari (BA), onde fabrica os modelos Ecosport e Ka, e Taubaté (SP), enquanto a produção de alguns produtos ainda seria mantida por alguns meses para sustentar os estoques para vendas de reposição.

A unidade que monta o utilitário Troller, em Horizonte (CE), continuará operando até o quarto trimestre. A Ford informou que emprega 6.171 funcionários no Brasil.

A Anfavea, associação que representa as montadoras de veículos no Brasil, afirmou em breve comunicado que respeita e lamenta a decisão da Ford. "Mas isso corrobora o que a entidade vem alertando há mais de um ano sobre a ociosidade local, global e a falta de medidas que reduzam o 'Custo Brasil'", declarou.

Maia contrapõe visão do Ministério

Ainda nesta segunda-feira, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, forneceu uma declaração que representa um ponto oposto ao mostrado pela Economia. De acordo com Maia, o anúncio representa a falta de credibilidade do governo federal, com a ausência de regras claras, de segurança jurídica e de um sistema tributário racional.

“Espero que essa decisão da Ford alerte o governo e o Parlamento para que possamos avançar na modernização do Estado e na garantia da segurança jurídica para o capital privado no Brasil” escreveu Maia em sua conta no Twitter.

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