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Febre Oropouche: conheça as causas e os sintomas dessa "nova" doença

Rio de Janeiro diz que caso foi "importado" do Amazonas, que vive surto da doença

Mosquitos: maruim é mais comum no norte do país, principalmente na Amazônia. (Smith Collection/Gado/Getty Images)

Mosquitos: maruim é mais comum no norte do país, principalmente na Amazônia. (Smith Collection/Gado/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 1 de março de 2024 às 10h02.

Autoridades  estão investigando o primeiro caso da Febre Oropouche no estado do Rio de Janeiro depois que um homem de 42 anos contraiu a doença após uma viagem recente ao Amazonas, estado que teve mais de 1.300 confirmações neste ano, três vezes mais do que os casos registrados em 2023.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio a suspeita foi confirmada por exames no laboratório do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz. O órgão considera o caso como "importado" e não de circulação doméstica do vírus, quando a transmissão acontece entre pessoas do mesmo território. A investigação segue sendo realizada pela equipe de Vigilância em Saúde do município do Rio de Janeiro.

O que é a febre Oropouche

É uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. A transmissão acontece por mosquitos, sobretudo pelo Culicoides paraensis e pelo Culex quinquefasciatus, conhecidos popularmente como maruim. De acordo com a Fiocruz, tais mosquitos são mais comuns em estados do Norte do país, principalmente na Amzônia.

O vírus oropouche vem tendo surtos no Brasil desde a década de 1970. Os primeiros registros do atual surto foram feitos em 2022 pelo Laboratório Central de Roraima. Na sequência, vieram casos em Amazonas, Rondônia e Acre. Nos últimos 70 anos, pelo menos 30 surtos foram relatados em países latino-americanos - Peru, Colômbia, Guiana Francesa e Panamá).

Sintomas

Os sintomas, muito parecidos com os da dengue, duram entre dois e sete dias e incluem febre súbita, dor de cabea intensa, dor nas costas e lombar e dor nas articulações. Também pode haver tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.

De acordo com o Ministério da Saúde, não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
O Ministério recomenda que, se possível, as pessoas evitem áreas onde há mosquitos, usem roupas que cubram a maior parte do corpo, apliquem repelentes e limpem a casa removendo possíveis criadouros de mosquitos.

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