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Febre amarela: Minas já investiga 38 óbitos e 133 casos suspeitos

A recomendação para a população é manter em dia a vacinação contra a febre amarela, disponibilizada gratuitamente nos postos de saúde do SUS

Febre amarela: as mortes ocorreram nos municípios de Ladainha, Ubaporanga, Ipanema, Itambacuri, Malacacheta e Piedade de Caratinga (Arquivo/Agência Brasil)

Febre amarela: as mortes ocorreram nos municípios de Ladainha, Ubaporanga, Ipanema, Itambacuri, Malacacheta e Piedade de Caratinga (Arquivo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 13 de janeiro de 2017 às 18h55.

Última atualização em 18 de janeiro de 2017 às 16h29.

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais divulgou hoje (13) novo boletim epidemiológico sobre a febre amarela no estado.

Já existem 133 casos suspeitos da doença, dos quais 20 são considerados prováveis, pois há exames laboratoriais positivos. A confirmação definitiva, porém, só acontecerá após investigação de outros fatores.

Os dados também apontam que há 38 óbitos suspeitos, sendo 10 deles prováveis. As mortes ocorreram nos municípios de Ladainha, Ubaporanga, Ipanema, Itambacuri, Malacacheta e Piedade de Caratinga.

O governador Fernando Pimentel decretou situação de emergência em saúde pública na área de abrangência das unidades regionais de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni. Essa região, que inclui 152 municípios, é a mais afetada pelas ocorrências da febre amarela no estado.

A situação de emergência autoriza a adoção de medidas administrativas para conter a doença e agiliza processos para a aquisição pública de insumos e materiais e a contratação de serviços necessários, dispensando licitação em alguns casos.

Também fica permitida a contratação de funcionários temporários para ações exclusivas de combate à enfermidade.

Vacinação

A recomendação para a população é manter em dia a vacinação contra a febre amarela, disponibilizada gratuitamente nos postos de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A aplicação ocorre em dose única, devendo ser reforçada após 10 anos.

No caso de crianças, é administrada uma dose aos nove meses e um reforço aos quatro anos de idade.

Mas, como se trata de uma situação atípica, que inspira cuidados, nas regiões afetadas, bebês com seis meses estão recebendo duas doses com intervalo de 30 dias.

A SES-MG alerta que pessoas que nunca se imunizaram contra a febre amarela e moradores das áreas suspeitas devem se vacinar com urgência. Quem for viajar a estes locais deve ir ao posto de saúde com 10 dias de antecedência.

No município de Ladainha (MG), que registra a situação mais preocupante, a prefeitura espera concluir a vacinação de toda a população até a próxima semana.

Com cerca de 20 mil habitantes, a cidade possui 29 casos suspeitos. Além disso, três pacientes que foram a óbito são considerados casos prováveis.

A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e ocorre em alguns países da América do Sul, da América Central e da África.

No meio rural e silvestre, é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Já em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya.

Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre em áreas urbanas desde 1942. Até o momento, todos os casos suspeitos em Minas Gerais são considerados de transmissão silvestre.

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