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Fazendeiros que causaram incêndio no Pantanal são multados em R$ 100 milhões

Os proprietários foram responsáveis por um incêndio em mais de 330 mil hectares, segundo o Ibama

Agência o Globo
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Publicado em 27 de setembro de 2024 às 12h23.

Última atualização em 27 de setembro de 2024 às 12h29.

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou duas multas de R$ 100 milhões a donos de uma fazenda em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, por um incêndio florestal no Pantanal que consumiu 333 mil hectares. A área é o equivalente a mais de duas vezes o território da cidade de São Paulo. Esta foi a maior queimada neste ano atribuída aos donos de uma única propriedade no Pantanal e abrangeu outros 135 imóveis rurais.

Segundo fiscais do Ibama, o fogo teve início no imóvel rural autuado, em junho, e durou 110 dias para ser controlado pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) devido às condições climáticas.

"Após mais de 20 dias de investigação e a constatação dos ilícitos ambientais, os dois responsáveis foram identificados e multados por danificar vegetação nativa do Pantanal com uso de fogo sem autorização do órgão ambiental competente. Toda a área incendiada foi embargada pelo Ibama para permitir sua regeneração", informou o Ibama.

De acordo com o órgão, o incêndio causou "danos ambientais severos a vegetações típicas do bioma Pantanal e impacto direto aos animais silvestres, com aumento de sua mortalidade e diminuição de substratos e recursos alimentares, dificultando sua sobrevivência". A fumaça gerada pela queimada gerou aumento da poluição do ar em grande parte das cidades brasileiras, conforme o Ibama.

O Ibama informou que diante do aumento das queimadas no Brasil em agosto e setembro deste ano, passou a fazer notificações preventivas a donos de fazendas. "O objetivo é exigir a adoção de medidas de prevenção e controle de incêndios em áreas agropastoris, com base na Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo", explicou.

Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgado na quinta-feira mostra que de janeiro a setembro deste ano as queimadas em florestas nacionais já afetaram 15,4 milhões de pessoas e ocasionaram prejuízos de R$ 1,3 bilhão à economia do país, que registra recorde de queimadas neste ano. De janeiro a 9 setembro deste ano, por exemplo, a Amazônia já alcançou o dobro de queimadas no mesmo período de 2023 e o recorde da série histórica desde 2007.

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